20/04/2025 às 07h42min - Atualizada em 20/04/2025 às 07h42min

Ele escolheu os cravos

Leonardo Mendes

Leonardo Mendes

Espiritualidade e Vida

Leonardo Mendes
Foto: Freepik

“E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram.” (Mateus 27:50-52)

A escolha divina de nos salvar por meio da Cruz de Cristo precede a criação do mundo. Antes que houvesse uma árvore plantada na terra, já havia uma cruz no coração do Eterno.

Mesmo sabendo que homem e mulher iriam traí-lo, desobedecê-lo, Deus manteve o plano A, aliás, pra quem tem desígnios perfeitos, não há necessidade de fazer remanejamentos.

Os cravos que Jesus teve de encarar não foram um improviso do Deus Pai, antes, representam um imperativo Daquele que escolheu nos amar a tal ponto, que entregou seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

A crucificação de Jesus não é algo que possa ser romantizado. Segundo Max Lucado, teólogo contemporâneo, o interminável martírio foi um processo dominado pela maldade daqueles que intencionavam não só machucar o corpo, mas também degradar a sua alma. Ao cuspirem em sua face, eles mostraram isso.

Ele escolheu os cravos, decidiu tomar do cálice mais amargo da história, levou sobre si as dores e pecados de todos nós, aos quais sua salvação foi revelada.

Somente Aquele que é o Autor da vida poderia dar passos convictos rumo à morte, pois sabia que o silêncio fatal do seu último suspiro, faria romper o véu do templo e nos daria acesso ao Trono da Graça.

O Sol da Justiça, ofuscado momentaneamente pelas trevas do mal e dos nossos pecados, irrompeu glorioso e incomparável na manhã do Terceiro Dia, extirpou o desespero e a desesperança do coração de seus discípulos.

Sua presença ressurreta não só fez queimar o coração da Igreja Primitiva que nasceu em Jerusalém, como também nos envolve hoje e apascentará as nossas almas até o Glorioso Dia, quando voltará para nos buscar.

Por isso, a Páscoa Cristã é o encontro com a alegria da Cruz vazia a cada amanhecer, ainda que algumas noites nossas sejam de choro e pareçam intermináveis. É a certeza de que Ele não escolheu apenas cravos. Ele nos escolheu e nos uniu em sua morte e também em sua ressurreição, para triunfarmos com Ele, afinal, os que receberam a abundância da graça e o dom da justiça, reinarão em vida através de Jesus Cristo, nosso redentor. (Romanos 5:17)

Feliz Páscoa prezado (a) leitor (a)!

 

 

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