Gunar Hohl/Itaipu Binacional A metodologia de governança do Programa Itaipu Mais que Energia será modelo para a gestão de políticas públicas federais em todo o País. A iniciativa foi anunciada, nesta quarta-feira (20), no lançamento do convênio de Governança Participativa para a Sustentabilidade, assinado por Itaipu Binacional em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), durante o Encontro de Municípios Paranaenses (Emupar), em Curitiba (PR).
Participaram do evento o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin; o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri; o presidente da Associação dos Municípios do Paraná, Edimar Santos; o diretor-superintendente do PTI, Irineu Colombo, além de deputados federais e estaduais e demais autoridades.
A cerimônia mostrou os aportes do Itaipu Mais que Energia que, desde o início de 2023, investiu R$ 2,3 bilhões nos 399 municípios do Paraná e em 35 do Mato Grosso do Sul participantes do programa. Os investimentos são divididos nos eixos turismo sustentável, meio ambiente, responsabilidade social e obras e infraestrutura.
“Temos que agradecer a Itaipu Binacional, uma das maiores hidrelétricas do mundo, que gera energia limpa e renovável e cumpre um importante papel social e ambiental na área que está inserida”, afirmou Geraldo Alckmin. “O mais importante é que o investimento em projetos é feito de forma descentralizada, diretamente para os municípios.”
O convênio de gestão participativa tem o objetivo de acompanhar, com a coordenação do PTI, a execução dos projetos em cada um dos 434 municípios. Eles serão divididos em cinco grandes regiões com uma coordenação local, que vai visitar os municípios e avaliar o andamento das políticas públicas. Esse modelo de governança servirá de protótipo e pode ser aplicado em outros Estados.
“Cada Estado pode ter um grupo de governança para acompanhar as políticas públicas desenvolvidas pelo Governo Federal naquela região”, explicou Enio Verri. E completou: “o símbolo deste convênio é dar continuidade ao Itaipu Mais que Energia, um programa que mostra que além de uma grande geradora de energia, a Itaipu também promove a inclusão social, a defesa ao meio ambiente e o desenvolvimento da região”.
Outro papel do convênio é conscientizar a população atingida sobre as ações desenvolvidas por Itaipu que têm impacto direto no combate às mudanças climáticas, na execução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e da Agenda 2030, das Nações Unidas.
De acordo com Irineu Colombo, a gestão do programa tem o objetivo de “promover, por meio de educação ambiental e da cultura, o enraizamento dos conceitos e valores do Programa Itaipu Mais que Energia, integrando com as políticas públicas do Governo Federal no território paranaense e na região sul do Mato Grosso do Sul.”
Com um aporte da Itaipu da ordem de R$ 76 milhões, o convênio está estruturado em três grandes eixos: implementação da metodologia de gestão democrática, realização de processos formativos e realização de atividades culturais.
Também participaram da solenidade os deputados federais Gleisi Hoffmann, Zeca Dirceu, Elton Welter e Luciano Ducci e os deputados estaduais Arilson Chioratto, Luciana Rafagnin, Professor Lemos, Luiz Cláudio Romaneli e Luis Corti.
Itaipu Mais que Energia
Durante o evento, foram apresentados às autoridades municipais do Paraná e do Mato Grosso do Sul os investimentos executados pela Itaipu Binacional nos dois Estados, a partir do ano de 2023, dentro do Itaipu Mais que Energia. “É um programa que vai além das obras, mas leva a conscientização social e ambiental à população e permite que as pessoas se envolvam no processo”, resumiu o diretor de Coordenação da Itaipu, Carlos Carboni.
Até agora, foram destinados R$ 2.278.627.165,61 em obras de infraestrutura e projetos ambientais, de responsabilidade social e de turismo sustentável. São mais de 1.450 km de estradas rurais pavimentadas, 9 mil nascentes recuperadas, 115 novas Unidades de Valorização dos Recicláveis totalizando 170 UVRs (atualmente são recicladas 60 mil toneladas de resíduos por ano). As ações evitam, todo ano, a emissão de 4.500 toneladas de carbono.
São mais de 750 mil pessoas beneficiadas com o saneamento básico e 1,5 milhão com as obras de infraestrutura. As obras sociais incluem reformas e melhorias em escolas, novas unidades de saúde, drenagem e mobilidade urbanas, e construção de pontes. Também são beneficiadas comunidades indígenas, por meio do apoio à produção agropecuária, investimento em infraestrutura, promoção da cultura e melhorias na saúde, educação e nutrição.