José Fernando Ogura/SMCS O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e o vice-prefeito de Curitiba e secretário estadual das Cidades, Eduardo Pimentel, participaram da inauguração, nesta sexta-feira (1/12), da nova Unidade Hospitalar Luiz Orione, que passa a fazer parte do Complexo de Saúde Cotolengo. Durante a cerimônia, o prefeito assinou o contrato entre o município de Curitiba e o Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo, para a manutenção e custeio desta nova unidade.
“Quando nominaram Curitiba a cidade mais inteligente do mundo, eu disse: ‘não adianta ser inteligente, se a cidade não tiver coração’. Eis o coração de Curitiba. Chama-se Pequeno Cotolengo”, afirmou o prefeito, em seu discurso.
A nova ala é uma unidade hospitalar com 25 leitos que serão direcionados aos usuários do SUS Curitibano procedentes de UPAs e hospitais, para continuidade do cuidado e reabilitação.
O atendimento será voltado para usuários do SUS em quadro clínico estável, mas que precisam de reabilitação ou adaptação a sequelas decorrentes de processos clínicos, cirúrgicos ou traumatológicos. Serão encaminhados pacientes com quadros de politraumatismo, histórico de AVC, em fase de tratamento e em fase pós-aguda.
O atendimento será realizado por uma equipe multiprofissional, com 26 especialidades e métodos terapêuticos. A unidade contará, ainda, com uma sala multissensorial e uma oficina de órteses.
A transferência de pacientes para essa nova unidade, focada em reabilitação, vai possibilitar desafogar os hospitais de Curitiba para casos mais agudos.
“Assim, teremos ainda mais eficiência na gestão de leitos hospitalares, deixando a rede hospitalar contratualizada de alta complexidade para atender os casos mais graves e com necessidade de intervenção rápida”, avalia a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella.
“Esse é um marco significativo para a saúde pública de Curitiba. E a partir de agora nós nos tornamos a maior unidade de cuidados prolongados do Paraná, 100% SUS, com excelência e qualidade”, afirmou, durante o evento, o diretor executivo do Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo, Diogo Azevedo.
Durante a cerimônia, o bispo auxiliar de Curitiba, Dom Reginei José Modolo, conhecido como Dom Zico, conduziu uma oração de agradecimento a Deus e uma benção. Ao final, houve a apresentação do coral do Pequeno Cotolengo, emocionando os presentes.
Estrutura
A construção da nova ala foi viabilizada a partir da doação de empresas parceiras e de pessoas que apoiam a causa, mobilizadas via incentivo fiscal do Conselho Municipal do Idoso e Fundação de Ação Social (FAS).
Além da nova Unidade Hospitalar São Luiz Orione, o Pequeno Cotolengo já integra o SUS Curitibano com as Unidades de Cuidados Continuados e Integrados Santa Terezinha (UCCI) e as Unidades São Francisco e Maria de Nazaré.
A UCCI destina 33 leitos para acolher e dar o cuidado integral ao paciente que não tem vínculo familiar e tem dependência para se alimentar, andar e outras necessidades. Já as Unidades São Francisco e Maria de Nazaré, com dez leitos, são destinadas para atender os pacientes desinstitucionalizados e que não têm nenhum familiar para acolher após a alta e dar o acompanhamento necessário.
Anualmente, a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba investirá no Pequeno Cotolengo o montante de R$ 14,2 milhões – abrangendo todos os serviços contratualizados.
São Luís Orione
Orione nasceu em uma pequena cidade italiana e desde criança já mostrava um forte chamado para a vida religiosa. Sua vocação o inspirou a fundar a Pequena Obra da Divina Providência, um instituto que oferece ajuda e assistência aos mais necessitados, incluindo doentes, órfãos, pessoas com deficiência e idosos.
Assistência Social
Além do Complexo de Saúde, o Pequeno Cotolengo atua em Curitiba desde 1965 na área da assistência social, atendendo crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos com múltiplas deficiências – de variados níveis de complexidade, abandonados ou que estavam submetidos a situações de risco – e asilados hospitalares.
Atualmente, são acolhidas mais de 240 pessoas, com moradia e cuidados 24 horas por dia, com idades entre 2 e 88 anos. Os assistidos moram em 8 Casas Lares e 4 Grandes Lares, dependendo da autonomia que possuem.