27/09/2023 às 10h00min - Atualizada em 27/09/2023 às 10h00min

Primeiro padre de Maringá, Emilio Scherer tem casa nomeada patrimônio histórico da cidade

Da Redação

Arquivo/PMM
O padre Emílio Scherer é o responsável pela compra do primeiro lote de Maringá, uma propriedade localizada próxima ao bairro Cidade Alta. A casa do religioso, o primeiro padre da cidade, foi tombada como patrimônio histórico de Maringá após assinatura do decreto n° 2010/2023 pelo prefeito Ulisses Maia. O processo de tombamento foi realizado pela Prefeitura de Maringá, por meio da Comissão Especial de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Maringá (CEPPHAC) da Secretaria de Cultura.

O processo de tombamento garante que traços e marcas da casa sejam preservados, com a manutenção da história da edificação, preservação da volumetria, material das telhas, portas e janelas e do jardim no entorno da casa do padre Emílio Scherer.


O religioso é considerado o primeiro pioneiro desbravador do município, quando chegou, em 1939, ao território que viria a ser Maringá. Em 12 de fevereiro de 1940, ele adquiriu o lote de numeração 1/A, que hoje fica localizado na Avenida Pioneiro Antônio Fernandes Maciel, 1365, na Gleba Pinguim. No local, fundou a primeira capela de Maringá, a Igreja São Bonifácio, que fica ao lado da casa tombada. O padre morou na residência até 1954. 

“Esse tombamento demonstra para a sociedade maringaense a importância não apenas da casa, mas do contexto histórico e social da vinda do padre para Maringá e do papel dele na fundação da nossa cidade. Foi um trabalho de meses para podermos chegar até esse momento”, afirma o secretário de Cultura e presidente da comissão especial de tombamento, Victor Simião.

Padre Emílio Clemente Scherer nasceu em território francês, que foi anexado pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, e acabou optando pela nacionalidade alemã. Fugiu do país em 1938 durante o regime nazista. Negociou a compra de um terreno com a Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), que daria origem a Maringá. No final da década de 1940 negociou a propriedade com a Ordem dos Palotinos e, em 1953, foi embora de Maringá. O padre morreu na Alemanha em  1970.


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