Redução do IPVA traz crescimento de 68,4% nos emplacamentos em Maringá

AEN
02/10/2025 11h00 - Atualizado há 1 semana

Redução do IPVA traz crescimento de 68,4% nos emplacamentos em Maringá
Roberto Dziura Jr/AEN

A redução da alíquota do IPVA para 1,9%, a menor do Brasil, já mostra reflexos diretos na economia do Paraná. A medida, aprovada por lei estadual e voltada à justiça tributária, diminuiu o imposto que antes era de 3,5% sobre o valor venal de automóveis, motocicletas e caminhonetes.

Em Maringá, no Noroeste, o impacto foi imediato: os emplacamentos cresceram 68,4% logo após o anúncio. Entre 10 e 19 de agosto de 2024 foram registrados 326 emplacamentos, contra 549 nos dez dias seguintes, de 20 a 29 de agosto. Segundo o Detran-PR, ao todo 345 municípios paranaenses tiveram novos emplacamentos após a redução.

Na comparação entre agosto e setembro de 2024 e o mesmo período de 2025, Maringá registrou alta de 11,8% nos processos de primeiro emplacamento ou registros transferidos de outros estados – de 8.812 para 9.853.

Repasses em alta

Além do estímulo à regularização de veículos, o Governo do Estado ampliou em 84% os repasses constitucionais aos municípios nos últimos sete anos. Esses recursos, que vêm do ICMS, IPVA, royalties do petróleo e fundo de exportação, reforçam os orçamentos municipais e podem ser aplicados em áreas como saúde, educação, segurança e transporte.

Maringá, por exemplo, recebeu R$ 407 milhões em 2024, valor 25% maior em termos reais que o repassado em 2018 (R$ 340 milhões). Do total, R$ 197 milhões foram provenientes do IPVA — montante que tende a crescer com o aumento de emplacamentos.

Investimentos recordes

A cidade também é uma das beneficiadas pelo volume histórico de investimentos do Governo do Estado. Entre as obras em andamento e programadas estão a duplicação do Contorno Sul (R$ 450 milhões), a modernização do Eixo Central e a construção do Trevo Catuaí.

Em 2025, os investimentos estaduais devem chegar a R$ 7 bilhões, o maior valor já destinado ao Paraná, e o orçamento de 2026 projeta R$ 7,1 bilhões, novo recorde nominal.

Economia fortalecida

Para o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, a combinação de novos emplacamentos, redução da inadimplência e aquecimento econômico garante estabilidade às finanças municipais.
“Com mais dinheiro circulando nas mãos das famílias, aliado ao bom momento econômico do Paraná, a expectativa é que os municípios mantenham suas receitas em crescimento”, afirmou.

Ele destaca ainda a solidez da economia paranaense: “O Paraná se consolidou como a quarta maior economia do País. No primeiro semestre, tivemos crescimento do PIB acima da média nacional. O aumento dos repasses mostra como esse fortalecimento, do campo às indústrias, se reflete diretamente na vida da população”.


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