O Paraná tem enfrentado um alto número de incêndios em vegetação neste mês de julho. Em apenas 21 dias, o Corpo de Bombeiros registrou 1.092 ocorrências, o que representa, em média, um caso a cada 28 minutos. Os dados são do Sistema Digital de Dados Operacionais do Corpo de Bombeiros (SYSBM-CCB) e reforçam que o período entre julho e setembro é considerado a “temporada do fogo” no estado.
Entre os dias 19 e 21 de julho, por exemplo, foram anotados 200 incêndios florestais. A Região Metropolitana de Curitiba teve destaque, com 39 registros, sendo 11 na capital, 8 em São José dos Pinhais e 5 em Colombo. Outras regiões afetadas incluem Cascavel (16), Guarapuava (14), Campo Mourão (10) e Ponta Grossa (9).
Apesar do alto número de ocorrências, 2025 apresenta uma queda significativa em relação ao ano passado. De 1º de janeiro a 21 de julho deste ano, foram registrados 3.914 incêndios em vegetação, contra 6.584 no mesmo período de 2024 — uma redução de 40,6%.
Mesmo com a queda, os números de anos anteriores ainda impressionam. Em 2024, ao longo de todo o ano, foram 13.553 ocorrências. Em 2021, 12.176. Já em 2023 e 2022, os registros foram de 6.483 e 4.659, respectivamente.
Terceiro trimestre concentra quase metade dos incêndios
A chamada “temporada do fogo”, entre julho e setembro, responde por quase metade dos casos anuais de incêndios em vegetação no Paraná. Em 2024, por exemplo, 46% das ocorrências (6.278 de um total de 13.553) aconteceram nesse intervalo. Só neste mês de julho, até o dia 21, o número de registros em 2025 já representa 27,9% do total do ano.
Considerando os últimos quatro anos (2021 a 2024), o Paraná registrou 36.871 incêndios florestais. Desse total, 17.197 aconteceram justamente entre julho e setembro, o equivalente a 46,6% das ocorrências.
Histórico de ocorrências no Paraná (1º de janeiro a 21 de julho):
2025: 3.914
2024: 6.584
2023: 3.147
2022: 2.506
2021: 5.016
Registros ao longo do ano:
2025: 3.914 (sendo 1.092 em julho)
2024: 13.553 (6.278 entre julho e setembro)
2023: 6.483 (2.589 entre julho e setembro)
2022: 4.659 (1.959 entre julho e setembro)
2021: 12.176 (6.371 entre julho e setembro)
As autoridades reforçam a importância da conscientização e da prevenção nesse período crítico, em que o tempo seco e as altas temperaturas aumentam o risco de queimadas.