01/02/2023 às 09h15min - Atualizada em 01/02/2023 às 01h40min

Horta Solidária: programa abrange 40 regiões de Apucarana

Em breve, mais quatro locais irão receber as hortas, completando 40 hortas implantadas na cidade

Redação

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Com a nova expansão, o Programa Municipal Horta Solidária já chega a 40 regiões de Apucarana. Além de alimento saudável e da geração de renda, a iniciativa garante atividades de promoção da saúde e terapêuticas, inclusão e bem-estar social para cerca de 800 pessoas. As hortas estão espalhadas em espaços públicos, como unidades básicas de saúde, e em instituições parceiras.

O Programa Municipal de Hortas Solidárias faz parte do Programa Municipal de Economia Solidária e Protagonismo Feminino, da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família (Semaf). “Já existem 36 hortas implantadas e vamos agora levar a iniciativa para mais quatro espaços, que são as unidades básicas de saúde do Jardim das Flores, Jardim Colonial, do Distrito do Pirapó e no Centro de Apoio Social ao Adolescente (C.A.S.A)”, anuncia o prefeito Junior da Femac, lembrando que no ano passado o programa recebeu o Prêmio Gestor Público do Paraná.

A secretária Municipal da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, afirma que o embrião do programa foi a horta implantada em 2019 junto ao Espaço Empreender,  que ocupa uma área anexa ao antigo IBC da Vila Nova. “Foi a unidade-piloto que acabou inspirando as demais iniciativas. Depois, ocorreu a expansão do programa e um dos braços é a Horta Acolher que funciona junto a unidades básicas de saúde”, asssinala Denise.

EFEITOS TERAPÊUTICOS 

A Horta Acolher já funciona em nove unidades básicas de saúde e será levada para mais três UBSs, situadas no Jardim Colonial, no Jardim das Flores e no Distrito do Pirapó. “As hortas são um espaço compartilhado, que atendem pacientes encaminhados por profissionais da residência multiprofissional, como psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos, dentista e nutricionista”, explica Bete Berton, superintendente da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família.

Andressa de Andrade Petrulhu, psicóloga residente na UBS Leopoldo Hartwig Junior, localizada na região da Vila Nova, afirma que as atividades visam o fortalecimento psicológico e emocional. “Mexer com a terra e com as plantas têm um efeito importante na saúde mental. Encaminhamos desde quadros de depressão e ansiedade e também quando há um relato de uma pessoa que fica muito sozinha em casa e quer uma ocupação para se sentir mais útil”, exemplifica Andressa.

Dona Benedita Virgínia Vieira tem 80 anos e freqüenta a horta que funciona junto da UBS Leopoldo Hartwig Junior. “Ajudo a cultivar cenoura, salsinha, cebolinha, repolho, jiló e berinjela. Isso é uma distração prá mim e faz muito bem prá saúde”, conta Benedita que mora no Jardim Tibagi, bairro localizado nas imediações da UBS.

GERAÇÃO DE RENDA 

Maura Aparecida Fernandes de Oliveira, coordenadora do Programa de Hortas Solidárias, explica que as atividades são desenvolvidas de forma compartilhada, desde o plantio, a rega e demais manejos até a colheita que é realizada de forma coletiva. “A gente nota um desejo das pessoas de saírem da tristeza, de serem acolhidas e integradas socialmente. Os participantes vão para casa com novo ânimo e vemos a alegria quando levam o alimento que ajudaram a produzir”, relata Maura.

Muitos participantes, além de levar as hortaliças para o consumo, também comercializam o excedente. É o caso de Dirce de Fátima da Silva que, junto do marido, trabalha diariamente na horta situada no IBC da Vila Nova.  “Vendo de casa em casa, no Espaço Empreender e também nas feiras da Economia Solidária”, afirma Dirce, acrescentando que consegue obter uma renda de até R$ 600 por semana.


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