06/08/2024 às 16h00min - Atualizada em 06/08/2024 às 16h00min

Ratinho Junior defende força da agropecuária estadual no Salão Internacional de Proteína Animal

AEN

Jonathan Campos/AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior defendeu que o Paraná continue a explorar as suas potencialidades como um dos grandes produtores de alimento em escala global para continuar a promover o desenvolvimento socioeconômico do Estado. A fala aconteceu nesta terça-feira (6), durante a participação dele na abertura do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), em São Paulo.

O evento é organizado pela Associação Brasileira de Proteína Animal e, segundo os organizadores, deve reunir cerca de 25 mil participantes entre representantes do poder público e da iniciativa privada até a próxima quinta-feira (8) na capital paulista.


Segundo Ratinho Junior, países que se tornaram potências mundiais deram saltos no desenvolvimento econômico e social quando começaram a investir nas suas vocações, que no caso do Brasil é a produção de alimentos. “Até 2050 o mundo terá 10 bilhões de habitantes e será necessário produzir 20% a mais de alimentos. Desta produção extra, 80% sairá da América Latina, sendo que cerca de 70% apenas do Brasil, o que representa uma grande oportunidade de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida para a população”, comentou.

O governador também ressaltou os avanços alcançados pelo Paraná na exportação de proteína animal. Dados da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) apontam que, de janeiro a junho deste ano, cerca de 79 mil toneladas de carne suína saíram do Estado com destino a outros países, número muito próximo do recorde de 81 mil toneladas alcançado no 1º semestre de 2023.

De acordo com levantamento elaborado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o Paraná exportou carne suína para 70 países no primeiro semestre de 2024. Os destaques foram o aumento das exportações para o Vietnã (+69%), Geórgia (+41%), Angola (+29%), Cuba (+152%), Costa do Marfim (+93%) e República Dominicana, que estreou como importador e já figura entre os dez principais destinos em termos de volume.

“Chegamos a esses números fazendo um trabalho que uniu setor público, privado e as cooperativas paranaenses, com respeito máximo ao meio ambiente, preservando as matas ciliares, as bacias, nascentes e áreas de proteção”, destacou Ratinho Junior. “Celebramos o faturamento de mais de R$ 200 bilhões das cooperativas e esperamos atingir os R$ 500 bilhões até 2030, o que se traduz em mais empregos e renda para os trabalhadores paranaenses”.

A visão do governador do Paraná foi endossada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que também discursou na abertura do evento. “O Brasil descobriu nos últimos 50 anos a sua vocação de produtor de alimentos e faz isso com muita competência. Nos últimos anos, abrimos 167 novos mercados para a agroindústria brasileira”, disse.

CRESCIMENTO

Além dos avanços na carne suína, a exportação de pescados cresceu 20% no Paraná no primeiro semestre de 2024, atingindo 3,26 mil toneladas em comparação com 2,7 mil toneladas do mesmo período do ano anterior. As exportações também tiveram um acréscimo de 82% em valores, chegando a US$ 16,3 milhões, contra US$ 8,9 milhões nos seis primeiros meses de 2023.

No total, foram produzidos 6,3 milhões de quilos de carne no Paraná no primeiro semestre de 2024, com destaque para a produção de quase 2,2 bilhões de unidades de frango e aproximadamente 12,2 milhões de suínos. Os números consolidam o Paraná como um dos líderes nacionais na produção de proteína animal.

O desempenho da agropecuária também ajudou a impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná, que cresceu 5,8% em 2023, o dobro da média nacional, que foi de 2,9% no ano, e o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), que somou R$ 197,8 bilhões em 2023, um resultado 11% superior a 2022. Em termos de segmento, a pecuária representou 49% do valor gerado nas propriedades rurais do Paraná em 2023, com R$ 96,5 bilhões.

Para o governador, os avanços são fruto de um trabalho conjunto entre governo e setor produtivo, o que garante a qualidade e competitividade dos produtos paranaenses no mercado internacional. “Esse é o modelo do Paraná que, junto com outros estados que têm esse potencial econômico, pode transformar o Brasil em uma potência mundial na produção de alimentos”, defendeu.


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