10/07/2024 às 12h00min - Atualizada em 10/07/2024 às 12h00min
Após fala misógina, Desembargador do Paraná tira licença remunerada de 20 dias
Da Redação
Reprodução/TJ-PR O desembargador Luís César de Paula Espíndola decidiu se afastar com licença remunerada depois de fazer comentários considerados misóginos durante uma sessão na 12ª Câmara Cível em Curitiba, provocando repercussão nacional.
A licença especial remunerada foi solicitada pelo próprio desembargador e começa em 10 de julho. Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná, o afastamento será de 20 dias, conforme previsto no estatuto dos funcionários da Corte, sem necessidade de apresentação de motivo.
Durante uma sessão em 3 de julho, o desembargador fez comentários polêmicos, sugerindo que "as mulheres estão loucas atrás dos homens", durante o julgamento de um caso de assédio envolvendo um professor e uma aluna na 12ª Câmara Civil do TJ-PR.
Essa observação foi feita após críticas da advogada da vítima, que ele classificou como um "discurso feminista desatualizado".
Os comentários causaram grande repercussão, levando Luis Cesar de Paula Espíndola a ser alvo de uma investigação interna pelo TJ-PR, podendo até perder o cargo. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também está investigando sua conduta.
Em nota, o Judiciário do Paraná afirmou que "não apoia os comentários feitos pelo desembargador" e que "não compartilha de opiniões discriminatórias ou depreciativas".
A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Paraná (OAB-PR) também condenou veementemente os comentários misóginos do desembargador, tendo apresentado uma reclamação disciplinar ao CNJ solicitando o afastamento cautelar imediato de Luis Cesar de Paula Espíndola de suas funções.