Daniel Castellano/SMCS Um dia inteiro de promoção de novos contatos, conexões, propostas com um foco em comum: fechar contratos para a oferta de serviços e produtos inovadores e que vão solucionar demandas específicas de oito grandes empresas.
Assim foi o Matchmaking, nessa segunda-feira (17/6), etapa presencial do projeto Link Vale do Pinhão e Ecossistemas Metropolitanos. O evento reuniu 771 startups na Ligga Arena, que propuseram 1.503 habilitações, que são intenções de propostas encaminhadas aos demandantes.
“Depois de atingir o reconhecimento internacional, era hora de o Vale do Pinhão contribuir para gerar negócios em Curitiba e região. A nossa visão é fomentar um ecossistema da Grande Curitiba e gerar ainda mais negócios, avançar na promoção de parcerias, projetos, negócios entre suas empresas de Curitiba e região”, destacou o secretário municipal de Inteligência Artificial e presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Dario Paixão, representando o prefeito Rafael Greca.
As habilitações pretendem resolver os 64 desafios propostos por oito grandes empresas de Curitiba e Região Metropolitana - Volvo, Bosch, Grupo Boticário, Furukawa, Ademicon, Case New Holland (CNH), Magius e Klabin, gerando negócios com startups, pesquisadores, instituições de ensino, pequenas e médias empresas.
Além deles, o evento reuniu representantes de 34 instituições de apoio e fomento e outros atores dos ecossistemas de inovação, somando mais de mil participantes.
Inovação aberta
O Link é um projeto de inovação aberta – modelo de gestão empresarial em que as empresas demandantes “abrem” informações internas a parceiros para que, colaborativamente, desenvolvam soluções inovadoras em processos, produtos e serviços – realizado pelo Sebrae/PR, em correalização com os ecossistemas de inovação Vale do Pinhão (Curitiba), por meio da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação; Hangar (São José dos Pinhais); Conecta Pinhais; Grape Tech (Colombo); EcoAr (Araucária); e Ecossistema Local de Inovação de Fazenda Rio Grande.
“Só foi possível realizar o Link porque encaramos o processo de inovação como um processo de colaboração. Aqui nós temos uma mostra real de como as pessoas, as instituições e as empresas estão dispostas a colaborarem para enfrentarem os desafios que se colocam no seu movimento de negócios”, reforçou o diretor técnico do Sebrae/PR, César Rissete.
Local de negócios
Durante o dia, os 64 desafios foram detalhadamente apresentados pelas demandantes, em “pitches invertidos”, segmentados em temáticas: inteligência artificial, ESG, indústria 4.0, integração de dados para gestão, experiência do cliente, automatização de tarefas repetitivas, assistentes virtuais, logística e suprimentos, recursos humanos e visão computacional.
Entre os participantes em busca de contratos com as demandantes, a desenvolvedora de experiências em Realidade Virtual Imersiva Aeon VR foi para conhecer detalhadamente as demandas das empresas.
“Toda oportunidade de negócio tem de ser aproveitada. Queremos nos conectar ainda mais com grandes empresas”, disse o diretor de Vendas e Marketing da empresa, Diego Loureiro.
Local de conexões
Houve quem participou do evento para prospectar, seguindo a máxima do “quem não é visto não é lembrado”, como as executivas de negócios do hub de inovação Hotmilk, Kelli Maciel e Gabriele Belle.
“A gente vem para ser visto, fazer contato, entender o que as empresas estão fazendo e convidá-las a atuar conosco”, disse Gabriele.
Fechar contratos
O programa segue após o Matchmaking. Quem se habilita a solucionador participa de uma mentoria online para orientações na elaboração das propostas de solução, que serão enviadas às empresas demandantes, iniciando o processo de negociação, que visa concretizar a assinatura do contrato.
O diretor deTI da startup de consultoria em gestão de negócios digitais Go On, Mahmoud Al Sayd, elogiou o formato do Link ao unir quem precisa de uma solução e quem pode oferecê-la.
“Como prestador de serviço, é um desafio encontrar a pessoa certa dentro de uma grande empresa para apresentar nossa solução. Aqui, no Link, temos contato direto com essa pessoa, facilitando muito o relacionamento”, disse Al Sayd.
Estratégia
Ele já conhecia a dinâmica do projeto, tendo participado no ano passado do Link Iguassu Valley, que reuniu empresas do oeste paranaense, onde fechou um contrato. Para a versão no Vale do Pinhão, aprimorou a estratégia de participação: levou outros dez colaboradores da sua empresa para ampliar o relacionamento com as demandantes. Dos 64 desafios propostos, a Go On propôs habilitação em 24.
O projeto é iniciativa do Vale do Pinhão, alinhado ao compromisso da Prefeitura com o zelo pela inovação e empreendedorismo na capital paranaense. A ação é mais uma iniciativa que integra o programa Invest Curitiba no Vale do Pinhão, programa de atração de investimentos e negócios para a cidade.
Daniel Castellano/SMCS
