07/03/2024 às 09h00min - Atualizada em 07/03/2024 às 09h00min

Paraná chega a 82 casos de Meningite em 2024 e Saúde reforça medidas de prevenção

Da Redação

Reprodução/SESA
Febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, mal-estar, náusea e confusão mental são sintomas da meningite que requerem atendimento médico imediato. A doença é caracterizada por um processo inflamatório das meninges, causado por diversos agentes, como vírus, bactérias e fungos, podendo resultar em sequelas graves ou morte em até 24 horas se não diagnosticada a tempo. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enfatiza a importância dos cuidados para prevenir a doença.

De acordo com dados preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), o Paraná registrou 82 casos e quatro óbitos por meningite desde o início do ano. Entre 2019 e 2023, foram registrados 6.402 casos e 429 óbitos no estado. Os registros foram de 1.852 casos e 100 óbitos em 2019; 851 casos e 54 mortes em 2020; 904 casos e 86 óbitos em 2021; 1.190 casos e 101 óbitos em 2022; e 1.605 casos e 88 óbitos em 2023.


No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, com casos esperados ao longo do ano e ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. As meningites bacterianas são mais comuns no outono-inverno, enquanto as virais são mais frequentes na primavera-verão. A doença afeta as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, podendo atingir pessoas de todas as idades, especialmente crianças.

A meningite é de notificação compulsória, o que requer busca ativa e investigação de casos e surtos para monitoramento. Alguns agentes bacterianos, como o meningococo, têm potencial epidêmico significativo.

Uma das medidas mais eficazes para prevenir a meningite são as vacinas. O Calendário Nacional de Vacinação oferece 19 imunizantes para crianças até 2 anos, disponíveis nos postos de vacinação e Unidades de Saúde em todo o Estado. Cinco dessas vacinas protegem contra a doença, agindo contra diferentes agentes infecciosos que podem causar a meningite.

A BCG é a primeira vacina contra a meningite a ser administrada, logo após o nascimento. As vacinas meningocócicas são aplicadas em crianças aos 3 e 5 meses de idade, e novamente na adolescência, entre os 11 e 14 anos. No Paraná, a cobertura vacinal das crianças menores de 2 anos com a vacina meningo C foi de 81,32% em 2023, abaixo da meta de 90% a 95% para as demais vacinas.

Além das vacinas, medidas de prevenção importantes incluem manter os ambientes ventilados, praticar boa higiene e lavar as mãos regularmente, cuidar da preparação dos alimentos, evitar aglomerações em locais com pouca ventilação, usar etiqueta respiratória (cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar) e não compartilhar copos, talheres, alimentos ou outros objetos.

Maria Goretti David Lopes, diretora de Atenção e Vigilância da Sesa, destaca a gravidade da meningite, que pode causar sequelas e até levar à morte. Ela reforça a importância de manter o calendário vacinal atualizado e adotar outras medidas preventivas, além de procurar imediatamente um serviço de saúde ao perceber qualquer sintoma da doença.

Os quatro óbitos registrados em 2024 ocorreram entre 8 de fevereiro e 3 de março, em quatro municípios pertencentes às 2ª, 10ª e 15ª Regionais de Saúde. Morreram um homem de 42 anos, residente em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba; uma criança de 3 anos, de Maringá (Noroeste); uma mulher de 54 anos, moradora de Catanduvas (Oeste); e uma criança de sete anos residente em Cascavel (Oeste).

Com informações da Agência Estadual de Notícias (AEN)


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