31/12/2023 às 12h00min - Atualizada em 31/12/2023 às 12h00min

Parques estaduais do Paraná receberam de 500 mil visitas em 2023

AEN

Arquivo/AEN
O borderô das catracas de acesso às 28 Unidades de Conservação (UCs) do Paraná abertas ao público revela que cada vez mais gente se deixa levar pelas belezas naturais do Estado. Em 2022, 331.206 pessoas passaram por parques estaduais como Guartelá, Monge, Vila Velha ou Ilha do Mel, e neste ano esse número saltou para mais de 500 mil visitantes, contabilidade que ainda será fechada com os dados da segunda quinzena de dezembro, um acréscimo superior a 50%.

Os espaços são administrados pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).


O complexo ambiental mais procurado pelos turistas foi o Parque Estadual Ilha do Mel, em Paranaguá, no Litoral, que recebeu mais de 140 mil pessoas. Em seguida na lista de preferência estão o Parque Estadual do Monge, na Lapa, com mais 80 mil visitas; Vila Velha, em Ponta Grossa, com 75 mil; Parque Estadual da Serra da Baitaca, em Quatro Barras (mais de 60 mil); e o Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi (cerca de 20 mil).

“Podemos observar a preferência das pessoas por atividades do turismo de natureza para melhorar o humor e a vitalidade, especialmente após o fim das medidas sanitárias impostas pela pandemia. Devemos considerar também que a oferta de produtos e serviços ligados à natureza também aumentou, hoje temos diversas práticas do turismo de aventura”, destacou o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.

Para ele, a consolidação do projeto Parques Paraná, implementado pelo Governo do Estado em 2019, ajuda a explicar a relevância que passaram a ter os atrativos naturais do Estado. A iniciativa é dividida em quatro linhas: Uso Público e Turismo, Paraná Aventura, Parque Escola e Voluntariado.

O objetivo é a integração com a população e a modernização das formas de gestão, gerando um convívio consciente com o meio ambiente e promovendo a conservação e a educação ambiental de forma ativa. "O projeto propicia a qualificação e a promoção das Unidades de Conservação abertas à visitação no Paraná, além da ampla divulgação destes destinos”, afirmou.

ÁREA VERDE

O Paraná possui atualmente 72 Unidades de Conservação catalogadas pelo IAT, das quais 28 estão abertas para visitação. Esse montante compreende 26.250,42 km² de áreas protegidas por legislação, formadas por ecossistemas livres que não podem sofrer interferência humana ou àquelas com o uso sustentável de parte dos seus recursos naturais, como os parques abertos à visitação pública.

Essas áreas de proteção são divididas em UCs estaduais de Uso Sustentável, com 10.470,74 km²; UCs estaduais de Proteção Integral (756,44 km²), Áreas Especiais de Uso Regulamentado (Aresur), 152,25 km², e Áreas Especiais e Interesse Turístico (AEIT), com 670,35 km², todas com administração do Governo do Estado.

O cenário se completa com as Reservas Particulares do Patrimônio Natural, as chamadas RPPNs, que somam atualmente 553,83 km²; terras indígenas, com 846,87 km²; e Unidades Federais, de 8.840,39 km², sendo o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, a área mais simbólica; e Unidades Municipais (3.959,55 km²), como o Parque Barigui, em Curitiba.

NOVAS UCS

A rede de proteção ao patrimônio natural do Estado vai ganhar ainda mais quatro novas unidades nos próximos meses: Estação Ecológica Tia Chica, em Reserva do Iguaçu; Estação Ecológica Reserva de Bituruna, em Bituruna; Área de Proteção Ambiental (APA) do Miringuava, em São José dos Pinhais; e o Refúgio da Vida Silvestre das Ilhas dos Guarás, em Guaratuba. As futuras Unidades de Conservação possuem, juntas, uma área total de 5.393,24 hectares.

“O Paraná tem exercido um papel fundamental para ações de sustentabilidade e boas práticas nas propriedades paranaenses, sejam elas públicas ou privadas. É uma política de Estado apoiar as RPPNs ou as demais Unidades de Conservação. Assim, fazemos com que o patrimônio natural do Paraná fique congelado nessas áreas para que não haja possibilidade de se mexer com a biodiversidade”, afirma o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

 


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