10/10/2023 às 08h00min - Atualizada em 10/10/2023 às 08h00min

Exportações do Paraná alcançam US$ 19 bilhões e aumentam 12,7% em 2023

Da Redação

Cláudio Neves/Portos do Paraná
No período de janeiro a setembro de 2023, as exportações de produtos originados no estado do Paraná para o mercado internacional atingiram aproximadamente US$ 19 bilhões. Esse valor representa um aumento significativo de 12,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando as exportações totalizaram US$ 16,8 bilhões.

Esses dados foram obtidos por meio de uma análise conduzida pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base em informações fornecidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).


Em termos absolutos, as exportações do Paraná durante este ano já superaram o montante alcançado nos anos de 2018, 2019 e 2020, igualando-se ao desempenho registrado ao longo de todo o ano de 2021. A expectativa é de que o resultado consolidado de 2023 também supere o total do ano anterior, quando as exportações paranaenses geraram receitas da ordem de US$ 22,1 bilhões até dezembro.

De acordo com o relatório, os valores mensais das exportações foram os seguintes: US$ 1,41 bilhão em janeiro, US$ 1,67 bilhão em fevereiro, US$ 2,10 bilhões em março, US$ 2,17 bilhões em abril, US$ 2,58 bilhões em maio, US$ 2,31 bilhões em junho, US$ 2,24 bilhões em julho, US$ 2,38 bilhões em agosto e US$ 2,13 bilhões em setembro.

O excelente desempenho nos primeiros nove meses do ano permitiu que o Paraná subisse no ranking nacional de exportadores, passando da 6ª para a 5ª posição entre os estados brasileiros nesse quesito. Além disso, esse resultado representa um saldo positivo na balança comercial do estado, com um superávit de US$ 5,3 bilhões, uma vez que as importações de produtos totalizaram US$ 13,6 bilhões.

O presidente do Ipardes, Jorge Callado, destaca os ótimos resultados do Estado. “O Paraná está em um momento importante da sua balança comercial, com ampliação das exportações em relação ao ano passado e superando as importações em US$ 5,3 bilhões. Significa que o Estado está produzindo bem e com qualidade para mais de 200 países, o que reflete o trabalho do setor produtivo do Paraná e as boas condições de infraestrutura proporcionadas pelo Estado, como portos e rodovias”, avalia.

AGRONOMIA

As informações do órgão federal, obtidas por meio da Secretaria de Comércio Exterior, indicam que o aumento nas exportações do Estado foi impulsionado principalmente pela safra recorde de soja deste ano, após um declínio na produção em 2022.

Até setembro, as remessas de produtos oleaginosos renderam aproximadamente US$ 4,5 bilhões, representando um crescimento de 69% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando as vendas internacionais dessa commodity totalizaram US$ 2,7 bilhões.

Outro setor historicamente liderado pelo Paraná e que tem se destacado novamente neste ano é a produção de carne de frango in natura, cujas exportações atingiram US$ 2,8 bilhões de janeiro a setembro de 2023.

No que diz respeito aos cereais, especialmente o milho, as vendas para outros países durante o período analisado totalizaram US$ 792 milhões, marcando um aumento de 48,2% em relação aos US$ 534 milhões registrados no mercado internacional em 2022.

As exportações de alimentos alcançaram a marca de US$ 11,9 bilhões de janeiro a setembro de 2023, um resultado superior aos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021. Em 2022, de janeiro a dezembro, esse valor foi de US$ 12,3 bilhões.

PRINCIPAIS DESTINOS DA EXPORTAÇÃO

O aumento na produção do estado coincidiu com a crescente procura dos compradores no mercado global. Destacam-se notavelmente os países asiáticos, com a China liderando o caminho ao registrar um impressionante aumento de 68,9% nas importações de produtos provenientes do Paraná. Em seguida, vemos o Japão com um aumento de 43,4% e a Coreia do Sul com 14,2%. Na América Latina, os países que experimentaram os maiores crescimentos percentuais nas compras foram o México, com 31,3%, seguido pela Argentina, com 23,6%, e o Peru, com 15,8%.

Com informações da Agência Estadual de Notícias (AEN)


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