10/08/2023 às 11h51min - Atualizada em 10/08/2023 às 11h51min
Após repercussão negativa e críticas do prefeito, Vereadores de Arapongas desistem de ampliar número de cadeiras
Da Redação
Reprodução/PMA Os vereadores de Arapongas desistiram da proposta de aumentarem o número de cadeiras já nas eleições de 2024 após a repercussão negativa que foi gerada. O projeto de lei havia sido aprovado na úiltima segunda-feira (07), mas saiu de pauta após reunião na Câmara Municipal de Arapongas.
Na ocasião, nove dos 15 vereadores que compõem a Câmara de Arapongas tiraram os nomes da proposta que modificaria a Lei Orgânica do Município e ampliaria para 17 o número de cadeiras na casa. O recuo três dias depois da aprovação foi confirmado pelo presidente da Câmara, o o vereador Marcio Nicke (PSD).
A aprovação do projeto de aumentar o número de cadeiras na Câmara de Vereadores de Arapongas gerou revolta na população da cidade. Junto com a proposta de aumentar o número de vereadores, foi aprovado também um reajuste de 25% para os parlamentares, o que também causou revolta dos araponguenses.
O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, detonou a proposta feita pelos vereadores. De acordo com o chefe do executivo, tais projetos de lei poderiam causar danos aos confres públicos do município.
"Respeito o Poder Legislativo, que tem tido um papel muito importante no desenvolvimento de Arapongas. Porém, sinto-me na obrigação de me posicionar contra essa mudança no número de vereadores e contra esse aumento no valor dos subsídios porque tudo isso vem em um momento muito ruim. As vendas estão fracas no comércio, as indústrias estão em dificuldade e a arrecadação das prefeituras vem caindo. É momento de conter gastos e infelizmente essas medidas estão na contramão de tudo o que estamos vivendo”, comentou Onofre.
"Como presidente da Associação dos Municípios do Paraná, a Amepar, e como presidente interino da Associação dos Municípios do Paraná, a AMP, cargo pelo qual passei nas últimas semanas, tenho mantido contato com prefeitos de todo o estado. A posição de todos os gestores é uma só: neste momento, precisamos segurar as despesas para garantir a folha e os serviços essenciais para a população", acrescentou o prefeito.
Mesmo com a repercussão negativa em ambos projetos de lei, o recuo foi feito somente na proposta de aumentar o número de cadeiras na Câmara de Vereadores. Já o aumento salarial em 25%, de pouco menos de R$ 11.500,00 para mais de R$ 14.000,00, segue em tramitação.