RMC vai ganhar novo Corredor Metropolitano para aliviar tráfego nos Contornos de Curitiba

AEN
19/08/2025 12h00 - Atualizado há 3 dias

RMC vai ganhar novo Corredor Metropolitano para aliviar tráfego nos Contornos de Curitiba
SECID

A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) terá um novo eixo logístico para reduzir o fluxo intenso nos Contornos Sul e Leste da Capital. O governador Carlos Massa Ratinho Junior autorizou, nesta segunda-feira (18), a assinatura do contrato para o início das obras do Corredor Metropolitano de Curitiba, que prolongará a PR-423, ligando a BR-476, em Araucária, até a BR-116, na divisa entre Curitiba e Fazenda Rio Grande.

Com 9,5 km de extensão, a nova rodovia encurtará distâncias e funcionará como alternativa de ligação entre o Interior do Estado e Curitiba, sem a necessidade de passagem pelo atual Contorno Sul, uma das regiões mais congestionadas da cidade.

Investimento histórico

Considerada a maior obra viária da RMC nos últimos 30 anos, o projeto terá investimento de R$ 336 milhões, via Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep). O prazo de conclusão é de 30 meses.

Segundo o governador, a obra é um complemento à duplicação da PR-423, que já começou entre Balsa Nova, Campo Largo e Araucária.

"Com o novo corredor, quem vem da Rodovia do Café não precisará mais atravessar Curitiba para acessar a BR-116, reduzindo tempo e distância", explicou Ratinho Junior.

Estudos da Amep e do DER/PR estimam que o novo trajeto retirará 35% a 40% do tráfego de veículos do Contorno Sul, que hoje recebe cerca de 70 mil veículos por dia.

Mobilidade para passageiros

Além dos ganhos logísticos, a obra deve beneficiar diretamente o transporte coletivo.

"O corredor pode reduzir em até 40 minutos o tempo de viagem entre Curitiba e Fazenda Rio Grande", afirmou Gilson Santos, diretor-presidente da Amep.

Ele lembrou que a região da Ceasa, onde se cruzam a BR-476, BR-376 e BR-116, concentra hoje um dos maiores gargalos do trânsito metropolitano.

Para o secretário estadual das Cidades, Guto Silva, o projeto atende ao crescimento populacional da região.

"Com quase 4 milhões de habitantes, a RMC exige soluções de mobilidade que devolvam tempo aos cidadãos. Essa obra está conectada a outros trechos estratégicos do sistema rodoviário estadual e nacional", destacou.

Estrutura da obra

O corredor terá duas pistas em concreto em cada sentido, além de ciclovias em toda a extensão e sete obras de arte especiais:

cinco viadutos (em Araucária e Curitiba);

uma ponte sobre o Rio Barigui;

uma trincheira sobre a Rua Ismael de Almeida.

Próximas etapas e futuro

Com o aval do governo, a Amep assinará contrato com a empresa vencedora da licitação. Após a licença de operação, a obra será iniciada.

O projeto também prevê expansões futuras: a partir da BR-116, haverá uma nova ligação até a BR-376, principal rota entre Paraná e Santa Catarina.

Apoio dos municípios

Prefeitos da região consideram o corredor estratégico.

Eduardo Pimentel (Curitiba): “Será praticamente um contorno do contorno, fundamental para desafogar o trânsito e criar nova ligação entre Curitiba, Araucária e Fazenda Rio Grande.”

Marcos Marcondes (Fazenda Rio Grande): “Os moradores vão ganhar tempo precioso, já que hoje enfrentam longos congestionamentos na região da Ceasa.”

Gustavo Botogoski (Araucária): “A obra trará mais segurança viária, reduzirá acidentes e incentivará a instalação de novas indústrias.”

Contorno Sul atual

Paralelamente, motoristas que utilizam o Contorno Sul também verão melhorias com o novo pacote de concessões rodoviárias do Paraná. Estão previstas:

ampliação para quatro faixas em cada sentido em 14,6 km;

novas marginais;

quatro trincheiras;

seis passarelas;

13,7 km de ciclovias adicionais.


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