Londrina confirma mais uma morte por dengue e total de casos passa de 3,7 mil em 2025

NCom

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina divulgou nesta quinta-feira (26) um novo boletim epidemiológico da dengue. Desde o início do ano, o município já registrou 18.827 notificações da doença, sendo 3.722 casos confirmados, 11.902 descartados e 3.203 ainda em análise. O boletim também confirma mais uma morte, elevando para nove o total de óbitos por dengue em 2025.

A vítima mais recente é uma mulher de 46 anos, moradora da região sul da cidade, que possuía hipertireoidismo como comorbidade. Ela apresentou os primeiros sintomas no dia 18 de maio e faleceu no dia 23 do mesmo mês, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Sabará. A paciente passou por atendimentos na UBS do Jardim Itapoã, no Pronto Atendimento do União da Vitória e, por fim, na UPA Sabará, sem ter sido internada.

Além dos dados sobre dengue, o boletim traz também registros relacionados à chikungunya: oito notificações no total, com um caso confirmado (importado), três descartados e quatro ainda em análise.

Curva epidemiológica estável

Segundo o relatório, a curva epidemiológica da dengue nas últimas semanas apresenta comportamento estável, com um leve aumento nas notificações e confirmações de casos. A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Fernanda Fabrin, atribui essa estabilidade a um conjunto de estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Entre as principais ações estão a antecipação e intensificação do controle vetorial no início do ano; mutirões de limpeza durante os "Dias D", focando na eliminação de criadouros; e aplicação da Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI) em áreas de maior risco, como UBSs e escolas, proporcionando proteção prolongada contra o vetor.

Ações seguem no outono e inverno

Mesmo com a redução na atividade do mosquito devido à queda das temperaturas, a SMS reforça que as ações de combate continuarão durante o outono e inverno. A estratégia inclui inspeções e bloqueios em pontos estratégicos, monitoramento constante dos indicadores, campanhas educativas, fiscalização de denúncias e planejamento para o próximo ciclo sazonal.

“Ainda que a circulação do mosquito diminua no frio, os ovos do Aedes aegypti podem permanecer viáveis por até um ano em locais secos, aguardando as primeiras chuvas para eclodirem. Por isso, o trabalho preventivo não pode parar”, reforça Fernanda Fabrin.

Canal de denúncias

A população pode colaborar com o combate à dengue por meio do Disque-Dengue: 0800-400-1893. O atendimento funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.