Athletico aciona Justiça contra Ligga Telecom por dívida e rescinde contrato de naming rights

Da Redação
25/06/2025 09h30 - Atualizado há 7 horas

Athletico aciona Justiça contra Ligga Telecom por dívida e rescinde contrato de naming rights
José Tramontin/Athletico

A parceria entre o Athletico Paranaense e a Ligga Telecom chegou ao fim e agora é alvo de disputa judicial. O clube cobra cerca de R$ 50 milhões da empresa, referentes a parcelas atrasadas do contrato de naming rights da Arena da Baixada. A decisão de romper o acordo foi comunicada aos conselheiros do Furacão durante reunião na noite da última segunda-feira (23), realizada na própria Arena.

De acordo com informações repassadas aos conselheiros, os atrasos nos pagamentos por parte da Ligga vêm ocorrendo desde o ano passado. Além disso, a empresa teria descumprido um acordo firmado para a regularização dos débitos. Em nova tentativa de negociação, a Ligga propôs uma redução no valor devido, proposta que foi rejeitada pelo clube, que então optou por levar o caso à Justiça.

Estiveram presentes na reunião o presidente do Conselho Administrativo, Mario Celso Petraglia, o presidente do Conselho Deliberativo, Aguinaldo Coelho de Farias, e o diretor financeiro do Athletico, Marcio Lara.

Embora ainda não tenha feito um pronunciamento oficial sobre o rompimento, o Athletico já deixou de usar o nome “Ligga Arena” em seus canais institucionais desde o início de junho. A retirada da marca da fachada do estádio também está prevista para os próximos dias.

Contrato previa R$ 200 milhões em 15 anos
O contrato com a Ligga Telecom havia sido firmado em junho de 2023. Os valores oficiais nunca foram divulgados, mas estima-se que o acordo totalizasse R$ 200 milhões ao longo de 15 anos, o equivalente a aproximadamente R$ 13,3 milhões por temporada.

Pouco depois do anúncio da parceria, o Athletico também celebrou um acordo com o governo do Paraná e a prefeitura de Curitiba para quitar as dívidas relacionadas às obras de reforma e ampliação da Arena para a Copa do Mundo de 2014. O valor da dívida do clube era de cerca de R$ 190 milhões — montante similar ao contrato com a Ligga.

Na época, o presidente Mario Celso Petraglia comemorou os avanços:
“Nosso clube teve um ano como nunca teve. Lutamos por anos pelo acordo tripartite da Arena... Chegamos a um entendimento. A dívida ficou em R$ 600 milhões. Pagamos R$ 50 milhões à vista. E além disso, vendemos os naming rights, que cobrem o valor restante. Praticamente, a dívida virou pó.”

Clube recusou proposta da Fatal Model
Após o rompimento com a Ligga, o Athletico chegou a receber uma nova proposta de naming rights, desta vez da empresa Fatal Model, plataforma de anúncios de acompanhantes. A oferta, revelada pelo jornalista Léo Dias, previa o investimento de R$ 250 milhões pelo direito de nomear o estádio como “Fatal Model Arena”.

A proposta, no entanto, foi prontamente recusada pela diretoria atleticana, que acusou a empresa de tentar se associar de forma indevida à marca do clube. Em nota, a Fatal Model confirmou que a proposta foi rejeitada, mas negou qualquer tentativa de uso indevido da imagem do Athletico.


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