Com baixa cobertura, Secretaria de Saúde reforça importância da vacinação contra a gripe no Paraná

AEN
23/05/2025 12h58 - Atualizado há 1 dia

Com baixa cobertura, Secretaria de Saúde reforça importância da vacinação contra a gripe no Paraná
SESA

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) alertou, nesta sexta-feira (23), sobre a necessidade urgente de intensificar a vacinação contra vírus respiratórios como a Influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR). Desde o início da campanha de imunização contra a gripe, foram aplicadas 1.929.196 doses em todo o estado. No entanto, a cobertura entre os grupos prioritários é de apenas 36,5%. Entre as crianças, a taxa é ainda menor: apenas 27,2%, muito aquém da meta de 90%.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, há uma circulação significativa desses vírus no Paraná. “A Influenza A já corresponde a cerca de 20% dos casos, enquanto o VSR atinge 30% das amostras analisadas, afetando gravemente crianças pequenas. O momento é crítico e demanda ação imediata”, afirmou durante entrevista coletiva realizada em Londrina, no Norte do Estado.

Apesar de uma leve redução no total de casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs) — de 8.304 em 2024 para 8.273 em 2025 — a gravidade das infecções aumentou. “No ano passado, perdemos quatro crianças com menos de 12 anos por complicações respiratórias graves. Este ano, já registramos 11 óbitos. São perdas que nos comovem e nos mobilizam”, lamentou o secretário.

O Paraná ainda dispõe de aproximadamente 2,7 milhões de doses da vacina contra a gripe em estoque. “Já aplicamos quase 2 milhões, mas ainda há muitas doses disponíveis. A vacina é segura, gratuita e essencial para prevenir complicações e internações”, ressaltou Beto Preto.

Para ampliar a cobertura vacinal, a Sesa orientou os municípios a intensificarem as ações extramuros, levando equipes de vacinação a locais de grande circulação, como feiras livres, escolas, igrejas e centros comerciais. “É a vacina fora da sala de vacina. É levar a imunização onde o povo está. Essa é a nossa missão”, declarou.

Diferente de estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, o Paraná ainda não decretou situação de emergência em saúde pública. “Seguimos monitorando os indicadores com atenção. Neste momento, nossa principal estratégia é apostar na vacina e na conscientização. Vacinar é um ato de amor coletivo. É proteger a si mesmo e ao próximo. Vacinar, vacinar e vacinar”, concluiu o secretário.


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