Reprodução/PMC De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde Pública, apenas 7% do público-alvo da campanha de vacinação contra o vírus da Influenza se vacinou em Cambé. A ação iniciou no dia 10 de abril e já está imunizando idosos, gestantes, puérperas, crianças, profissionais da saúde e professores da rede pública e privada.
No entanto, a baixa adesão da população pode ser um risco para toda a sociedade, mas especialmente para os grupos prioritários, mais suscetíveis a Influenza – o vírus da gripe. Com a proximidade do inverno e frio mais intenso o número de casos da doença tende a aumentar.
De acordo com Cláudio Rezende, médico pneumologista do Serviço de Atenção Domiciliar de Cambé, nas estações mais frias tendemos a deixar os ambientes mais fechados e menos ventilados, aumentando a propagação de infecções respiratórias. Afinal, quando alguém tosse ou espirra em cômodo fechado, o vírus não se espalha e pode atingir mais pessoas pelas vias aéreas.
A partir do momento que o vírus entra no organismo, infecta as células e se multiplica. Os sintomas costumam a se manifestar entre 2 a 4 dias, inflamando as vias aéreas, febre, dor no corpo, fraqueza, tosse, catarro e espirros.
E qual é o impacto da vacina no organismo?
Com isso, o médico explicou que a melhor forma de se prevenir contra a gripe antes do frio começar e a circulação do vírus aumentar é tomando a vacina. O pneumologista ressalta que o imunizante nada mais é do que um medicamento que contém pedaços mortos desse vírus – logo, não provoca a doença. Quando eles entram no organismo, as células aprendem a produzir anticorpos para combater a uma possível infecção. A partir disso, se de fato o paciente acabar sendo infectado, o corpo terá mais eficiência para combater o vírus invasor.
É importante destacar também que esse processo é anual porque o vírus que causa a doença apresenta variações, as chamadas mutações, impossibilitando a ação da vacina aplicada anteriormente, e fazendo necessário com que o corpo aprenda novamente como combater o microorganismo infeccioso.
“Vale lembrar que gripe é diferente de resfriado comum. A gripe é uma doença grave, que provoca internação hospitalar, leva idosos à UTI e pode matar. Além disso, a frase ‘tomei vacina da gripe e peguei gripe’ deve ser substituída por ‘tomei vacina contra gripe e peguei um resfriado’, uma vez que a vacina da gripe protege contra o Influenza, mas não contra os outros vírus respiratórios leves”, explicou Rezende.
O que acontece se a cobertura vacinal seguir baixa?
Outro ponto destacado pelo pneumologista é o impacto da baixa cobertura vacinal não só para quem não se vacina, como também para toda a sociedade. Afinal, se a população não estiver preparada quando o clima mais frio chegar, pode ocasionar em um surto de gripe, com muitas pessoas ficando gravemente doentes ao mesmo tempo, gerando grande demanda de atendimentos nos serviços de saúde e, no pior dos cenários, sem vagas de UTI para todos.
“A vacinação não protege somente a pessoa vacinada, protege também quem convive com ela. É proteção individual e coletiva, chamado efeito de ‘imunidade de rebanho’ ou ‘imunidade coletiva’. Por isso, é essencial que a vacinação atinja a maior parte da população”, relatou o médico.
Mas como se vacinar?
A campanha de Vacinação contra a Influenza começou no dia 10 do último mês e já contempla os seguintes grupos prioritários: pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, puérperas, crianças entre seis meses e seis anos, profissionais da saúde e professores da rede pública e privada.
Se você se inclui em um desses grupos e quer se proteger antes que o frio mais rigoroso comece, procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua casa e se imunize.
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