Na manhã da última terça-feira (8), o presidente da Câmara de Apucarana, Danylo Acioli (MDB), promulgou o Projeto de Lei nº 13/2025, de sua autoria, que institui o Programa Municipal de Monitoramento Digital Contínuo de Glicemia em Apucarana. O programa prevê o fornecimento gratuito de aparelhos digitais de medição e sensores de controle glicêmico para pessoas com diabetes tipo 1 e 2 no município.
“O Brasil é o sexto país com mais diabéticos do mundo, e Apucarana se destaca ao implementar este programa. A lei vai garantir o fornecimento gratuito de monitores de glicose digitais e sensores de controle glicêmico, facilitando o acompanhamento da glicemia para quem vive com diabetes. Além disso, vamos garantir a educação nas escolas, como acompanhamento nutricional e campanhas de conscientização para que todos compreendam a importância do monitoramento e do tratamento adequado da doença”, afirmou Acioli.
De acordo com Acioli, a lei assegura que o acesso ao monitor Libre, essencial para o controle da diabetes, será garantido para aqueles que não têm condições financeiras de adquirir o produto, que custa cerca de R$ 300 por unidade, sendo necessário o uso de dois monitores por mês em alguns casos. “O paciente precisa estar em acompanhamento pelo SUS, e o médico fornecerá um laudo atestando a necessidade do monitoramento. Também haverá uma avaliação socioeconômica, garantindo que apenas aqueles que realmente precisam possam ter acesso ao monitoramento sem custo”, explicou o presidente da Câmara.
Acioli também agradeceu aos vereadores que apoiaram e votaram favoravelmente à iniciativa. “Quando se trata de saúde, não há espaço para divisões políticas. O importante é que todos estamos comprometidos em melhorar a qualidade de vida da população. Esta lei é um exemplo claro disso. O monitoramento glicêmico é um direito que deve ser acessível a todos, especialmente a quem mais precisa”, comentou.
Os vereadores Adan Lenharo (DC) e Wellington Gentil (Agir) acompanharam o ato da promulgação.
A luta de Samuel e a importância da nova lei
A história de Samuel Henrique de Azevedo Leopoldino, de 10 anos, ilustra a importância dessa iniciativa. Samuel sempre foi uma criança saudável, mas sua vida mudou drasticamente no dia 29 de janeiro deste ano. Após uma série de sintomas inesperados, como febre, fraqueza e desorientação, ele foi diagnosticado com diabetes tipo 1 e cetoacidose diabética grave. O menino foi internado na UTI, onde recebeu cuidados intensivos e foi estabilizado. Desde então, a família lida com o desafio diário de monitorar a glicemia de Samuel, que necessita de 4 a 6 testes diários e aplicação de insulina.
Graziele Faria de Azevedo Leopoldino, mãe de Samuel, expressou sua gratidão pela lei, que pode trazer um grande alívio à rotina do filho. "O monitoramento glicêmico com o sensor é um avanço fundamental, pois reduz o número de furos nos dedos de Samuel, que já estão machucados e doloridos. O sensor custa cerca de R$ 300 cada, um valor que está fora da nossa realidade financeira. A nova lei oferece a esperança de que outras famílias, como a minha, possam ter acesso a esse recurso", afirmou a mãe.