Divulgação Nesta quinta-feira (5), foi realizada uma audiência pública em Cambé para apresentação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR), que será instalado no município. O evento apresentou diretrizes, detalhes da implantação da estrutura e resolução de dúvidas. Participaram da reunião o prefeito Conrado Scheller, a deputada federal Luísa Canziani, o reitor do IFPR Adriano Willian da Silva Viana Pereira, o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional José Barbosa Junior, a procuradora federal do IFPR Carliane Carvalho, vereadores, servidores e comunidade.
Em março deste ano, o governo federal anunciou a implementação de 100 novos campi do Instituto no país, com cinco deles no Paraná, e um sendo o de Cambé. Desde então, foi criada uma equipe de trabalho para viabilizar toda a documentação, escolha do terreno e atendimento de requisitos. A própria audiência também apresentou todos esses processos.
Cambé já conta com um projeto de lei para doação de um lote de 70.000 m² para a Secretaria de Educação Profissional e Tecnologia (Setec), onde será construída a sede do IFPR em Cambé. O município investiu R$ 7 milhões, e até o processo ser finalizado, esse valor pode chegar a R$ 10 milhões. O IFPR vai investir mais R$ 25 milhões, com R$ 15 milhões para a construção da estrutura e R$ 10 milhões em para aquisição de equipamentos.
Após a dominialidade do terreno, o Ministério da Educação (MEC) vai publicar a portaria de criação do campus e, consequentemente, na sequência, com expectativa para que aconteça já no primeiro semestre de 2025, a disponibilização de códigos de vagas para professores e técnicos para implantação dos cursos.
O reitor do IFPR destacou que esse é um dia que deve ser muito celebrado não só pelos cambeenses, como por toda a região, que passará a ter mais desenvolvimento e inovação. “Quando se investe em instituições de educação, e em especial aqueles que tem em sua base a formação de trabalhadores que podem levar o desenvolvimento social, cultural e econômico da sua região, isso precisa ser de fato reconhecido. É um investimento no futuro de cadeias produtivas aqui presentes como agronegócio, eletromecânica, materiais, fármacos, tecnologia da informação e comunicação. Enfim, podemos fazer com que a oferta desses eixos mercadológicos importantes para o desenvolvimento da região aconteça. Portanto, Cambé e toda a região precisam celebrar a existência de uma unidade do IFPR aqui, porque essa é uma conquista no sentido de fazer com que toda a região possa ter todo esse trabalho atendendo as demandas sociais e econômicas”, ressaltou Pereira.
Luísa Canziani também comemorou o avanço da implantação do IFPR e resumiu o momento como muito grandioso, especial e um grande legado para Cambé. “Ter uma conquista como essa, um IFPR para chamar de nosso deve ser muito celebrado. Entre mais de cinco mil municípios, foram escolhidas 100 cidades e uma delas é Cambé. E a participação da comunidade, dos agentes políticos, de todos nós é fundamental. Para que possamos acolher essa instituição, trazer estudantes, dar real valor que o campus tem, ainda mais em uma cidade tão importante para o desenvolvimento do Paraná que é Cambé. Estamos tirando esse sonho do papel. Ter um novo campus, uma estrutura física para que possamos transformar isso em oportunidades para os nossos jovens, fazendo com que Cambé não deixe ninguém para trás. É isso que o Instituto Federal faz. Nossa juventude vai poder sonhar cada vez mais, ter oportunidades, vislumbrar um futuro mais justo, mais próspero, mais inclusivo para suas vidas e de suas famílias”, expressou a deputada.
A secretária de Educação e Cultura, Estela Camata, disse que esse é o começo de uma nova etapa da educação do município. “Cambé é uma cidade predestinada ao sucesso por ter gestores que sempre pensaram em uma cidade para o futuro. Essa conquista representa um divisor de águas para Cambé. O município não será mais o mesmo com o IFPR. A educação garante o futuro e transforma a vida das pessoas. A minha vida foi transformada pela educação e ela transforma a vida de muitas outras pessoas. Nossas crianças e nossos jovens, todos serão impactados com formação a nível de ensino médio, ensino técnico, graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado. É uma conquista importantíssima”.
Instituto Federal em Cambé
Os primeiros passos para a implantação do Instituto Federal em Cambé se iniciaram em 2021, com a possibilidade de um convênio com a Prefeitura para criar espaços e unidades escolares de formação. Em 2023, com a ajuda da deputada Luísa Canziani, Cambé recebeu um campus avançado, onde hoje funciona o Centro de Educação Profissional. Atualmente, são mais de 300 vagas para os cursos de inglês, libras, programador web, cuidador de idosos e português para haitianos. O prédio funciona onde era o antigo Colégio Sesi.
E no início do ano, ainda em um esforço da administração pública, Cambé recebeu um dos 100 novos campi anunciados pelo governo federal. Ao todo, serão investidos R$ 3.9 bilhões em obras em todo o país, com o objetivo de abrir 140 mil novas vagas, aumentando a oferta de educação profissional e tecnológica (EPT) e criando oportunidades para jovens e adultos, especialmente os mais vulneráveis. Segundo o governo, a construção de novos campi impacta o setor da construção civil, além de gerar emprego, renda e desenvolvimento local e regional.
Após o anúncio, começaram os trabalhos para viabilização do Instituto. Com isso, o IFPR terá futuras instalações próprias e bem maiores. Pelas regras da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, o terreno onde será instalado o campus deveria ter, no mínimo, 50 mil metros quadrados e atender requisitos como acesso fácil, segurança, entre outros.
O Instituto Federal foi criado em 2008, através da Lei Nº 11.892/2008. Hoje, já são 41 Instituições Federais no país, com 682 campus e nove milhões de estudantes. Agora, serão construídos mais 100, um deles em Cambé, para ofertar educação formação inicial até pós-graduação a nível de mestrado e doutorado.
“O Instituto Federal tem a capacidade de fornecer ensino, pesquisa, extensão e inovação em toda a comunidade. Não é só Cambé que vai sentir esses efeitos, mas toda a região metropolitana. É mais ensino profissional, técnico e científico, educação politécnica e valorização de todas as áreas. Com isso, todos ganham com mais inclusão social, inovação, territorialidade, regionalidade, democracia, transparência, efetividade, diversidade humana e cultural, valorização das pessoas e sustentabilidade”, concluiu o reitor do IFPR.