18/04/2023 às 21h00min - Atualizada em 18/04/2023 às 21h00min

Atividade física aliada a dor crônica

Carolina Constantino

Carolina Constantino

Saúde e qualidade de vida

Carolina Constantino
Foto: Freepik
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a OMS, 30% da população mundial sofre de dores crônicas, ou melhor, são afetadas por algum tipo de dor constante.

Considera-se dor crônica aquela que persiste ou recorre por mais de três meses, sem causa aparente ou desconhecida e não está necessariamente associada a uma lesão no organismo.

Aqui no Brasil, pelo menos 37% da nossa população - cerca de 60 milhões de pessoas - sofrem de dores crônicas, dados esses fornecidos pela Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED).

Pesquisas apontam que a atividade física, seja ela qual for, deve ser parte fundamental do tratamento para pacientes portadores de dores crônicas. Esse tipo de paciente quando sente algum tipo de dor, evita o movimento ou exercício porque acha que pode piorar sua dor ou machucar mais.

Esse medo de se movimentar chamamos de cinesiofobia, onde o indivíduo desenvolve um medo exagerado de se mexer e passa a acentuar comportamentos de imobilidade, ou seja, cada vez mais querem ficar deitados ou sem se movimentar, levando seus músculos e articulações ao desuso, resultando em maior incapacidade de realizar pequenas tarefas da vida diária, podendo também levar o indivíduo a desajustes emocionais, funcionais e sociais.

E é totalmente o contrário, pois quanto mais evitamos a atividade física, nos tornamos mais sedentários. E o sedentarismo, por sua vez, aumenta a dor, pois nossos músculos se enfraquecem, nossas articulações se enrijecem, a depressão aparece e a dor aumenta. Aí que se inicia um ciclo muito perigoso e prejudicial para o indivíduo, porque quanto menos movimento, mais dor teremos. Há muitos benefícios para a prática de atividade física.
A atividade física regular, seja ela de qualquer modalidade, natação, hidroginástica, pilates, musculação, caminhada, dança, corrida, enfim é de papel fundamental para o manejo da dor crônica e tão importante quanto o uso de medicamentos.

A atividade física pode também desempenhar um papel importante nas dores persistentes.

Segundo artigos sobre atividade física, recomenda-se a necessidade de se exercitar por pelo menos entre 150 e 300 minutos por semana. Isso é pouco se dividirmos pelos sete dias da semana. Ou seja, ninguém pode dar desculpa que não tem tempo de se movimentar. Dá tempo sim! Se organizem, saiam a pé, subam de escadas, estacionem seus carros não tão perto dos compromissos, passeiem com os cachorros, caminhem. Enfim, sentem-se menos e se movimentem mais! Exercício é remédio e movimento cura.

Procure um profissional do movimento habilitado, seja ele educador físico ou fisioterapeuta, para começar uma atividade física que mais lhe agrade. Dê essa oportunidade para seu corpo e sinta os benefícios que o exercício irá lhe proporcionar. Comece devagar, no limite que o seu corpo faz e vá aumentando aos poucos a intensidade.

A ciência está cada vez mais ao lado da atividade física independente da patologia que você tem. Enfrente e dê o primeiro passo. Só de pende de você!

Abraços!
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