29/03/2023 às 22h58min - Atualizada em 29/03/2023 às 22h58min

Dor e movimento como aliados

Carolina Constantino

Carolina Constantino

Saúde e qualidade de vida

Carolina Constantino
Freepik
Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), conceitua-se dor como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”. Ou seja, pode ter dor e não ter lesão.

A expressão da dor varia de indivíduo para indivíduo, ou seja, somos seres únicos e individualizados. O que dói em mim, não dói em você e vice versa.

A dor é uma das experiências mais importantes que o nosso corpo nos oferece. Com ela, somos capazes de definir limites e entender se conseguimos ou não continuar a nos movimentar ou a executar uma determinada tarefa.
Pesquisas mostram que o movimento pode ser útil para reduzir a dor e melhorar a função das pessoas com dor musculoesquelética. Mesmo se você tiver uma condição médica, ou melhor, qualquer que seja o seu diagnóstico musculoesquelético o movimento é a chave para sua recuperação.

Em muitos casos, a falta do movimento resulta na perda de força muscular, da amplitude de movimento articular, perda do sono, depressão, cansaço, falta de ânimo, trazendo prejuízos para o retorno das tarefas diárias do indivíduo.

Nosso corpo foi feito para se movimentar. Movimento esse que seja orientado por um profissional do movimento habilitado para prescrever os melhores exercícios para sua reabilitação, seja ele educador físico ou fisioterapeuta.

A dor altera o movimento e os pacientes com dor musculoesquelética geralmente apresentam padrões anormais de movimento. Um dos objetivos principais é fazer com que o paciente volte a se movimentar, melhorando mobilidade, força, equilíbrio, controle, fazendo com que esse corpo trabalhe com mais leveza e menos dor.

É importante que os pacientes acreditem que seja seguro fazer o exercício que o profissional propuser, onde juntos estarão engajados para a melhora. Os exercícios podem ser feitos segundo a tolerância do paciente e modificados segundo o que o paciente relate para o profissional. Nenhum movimento é contraindicado, desde que seja bem orientado para cada indivíduo.

Estabelecer uma boa relação entre terapeuta-paciente é o primeiro passo para que uma educação na dor com base na neurociência seja um sucesso.

Devemos trabalhar o exercício físico em função do movimento e ou atividade que o paciente tenha dificuldade e medo. Logo, o programa de exercícios deve ser adaptado a realidade e medos, isto é, a individualidade e especificidade de cada indivíduo, pois somos únicos e temos nossas sensações, emoções e dores.

Você começa com o que tem: força, equilíbrio, mobilidade, alongamento e aos poucos vai melhorando as habilidades motoras aumentando a liberdade de movimento, alívio das dores, melhora do sono e muitos outros benefícios que a atividade escolhida lhe proporcionará.

Portanto, escolha uma atividade física que lhe dê prazer e que faça com que você movimente seu corpo como um todo. Somos feitos de articulações justamente para que elas possam se movimentar. Movimente-se e sinta os benefícios no seu corpo! Se dê essa oportunidade e não deixe que nenhum diagnóstico faça você ficar em repouso.

Procure um profissional habilitado e sinta os benefícios.
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