Do Norte para o Sul
Foto da autora Começar é muito difícil. Não importa o que desejamos começar, vai exigir dedicação, paciência, persistência, foco e dedicação. Tem um ditado que diz:
“para rir e coçar é só começar”, já ouvi esse ditado popular com tantos verbos que vou também modificá-lo: “para correr e gostar é só começar”. E eu comecei há muitos anos, só que nos últimos 12 meses estabeleci algumas metas e segui firme o cronograma de treinamento. As frustrações no começo eram muitas, sobretudo quando tinha uma distância estabelecida na planilha e não conseguia cumprir. Acreditei, porém, que, depois de superar o começo, tudo melhoraria, então, continuei. E nesse continuar, cheguei ao segundo passo: estabelecer uma meta. E metas não podem ser simples, elas precisam ser desafiadoras; fazer nosso coração pulsar, a perna tremer; precisam nos tirar da zona de conforto; mexer o corpo e a mente e nos colocar em estado de euforia, agindo em função de superá-las. Quando serão superaras, a gente nunca sabe, porque no meio do caminho, há flores, mas também, espinhos. Cada dia um passo, cada semana um degrau, cada mês um novo andar. Às vezes, ao invés de subir, descemos, e, no dia seguinte, temos que nos erguer e recomeçar. O meio do percurso só é superado se tivermos coragem de, se necessário, voltarmos ao início dele. Então, chega o fim, porque tudo tem seu fim, tudo tem o momento exato para ser concluído, e com as metas também é assim. O fim não implica o término, o fim significa superar a meta, significa subir todos os degraus e, melhor ainda, o fim permite o desafio de estabelecer novas metas, tão ousadas quanto às outras, para que nos agitem em prol de uma vez mais vencê-las. Venci a meta dos 21 kms, foi a mais difícil para mim, agora que está batida, vejo-a despida da montanha imensa que lhe revestia e isso me dá coragem para estabelecer outra ainda maior, 42 kms. Que todos possamos viver chegando ao topo da montanha, e ao chegar, percebê-la pequena e buscar outra ainda maior para superar.
