Novo pedido de vista suspendeu o julgamento dos processos que podem levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro, do União Brasil, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.
A desembargadora Cláudia Cristina Cristofani pediu vista do processo depois que o desembargador Jose Rodrigo Sade abriu divergência, votando pela cassação e inelegibilidade do parlamentar.
Na segunda-feira (1), o relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, votou contra a cassação de Moro.
O TRE paranaense está julgando duas ações protocolada pelos partidos PT, PL e também pelo Ministério Público Eleitoral pedindo a cassação de Moro, que é acusado de abuso de poder econômico por supostos gastos irregulares no período de pré-campanha para as eleições presidenciais de 2022, pelo Podemos.
O Ministério Público afirmou que foram gastos cerca de r$ 2 milhões de reais do Fundo Partidário com o evento de filiação de Moro ao Podemos e a contratação de produção de vídeos e consultorias eleitorais.
Para a acusação houve "desvantagem ilícita" em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador com os "altos investimentos financeiros" feitos antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União Brasil.
Em seu voto, o desembargador José Rodrigo Sade considerou que houve abuso de poder econômico e pediu a cassação da chapa de Moro ao Senado, além da inelegibilidade dele e do seu suplente, Luís Felipe Cunha.
Na sessão de julgamento de segunda-feira, a defesa de Moro se manifestou pela manutenção do mandato e negou irregularidades na pré-campanha. O advogado Gustavo Guedes afirmou que não houve caixa 2 e que se usou uma tese bem criativa de abuso de poder econômico contra seu cliente.
O julgamento dos processos terá continuidade na próxima segunda-feira (8).