13/02/2024 às 16h39min - Atualizada em 13/02/2024 às 18h45min
Com apoio da Índia, exportação de açúcar de cana rendeu 21% aos paranaenses em 2023
AEN
Claudio Neves/Portos do Paraná Os produtores paranaenses de açúcar tiveram um bom ano em 2023. Em valores, a exportação do produto cresceu 21%, ainda que o volume destinado ao Exterior tenha decrescido 3,7%. Esse é um dos assuntos analisados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de janeiro a 1º de fevereiro. O documento, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), toma como base o Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio do agronegócio.
Em 2023 os produtores do Paraná exportaram 2,59 milhões de toneladas de açúcar contra 2,69 milhões no ano anterior. No entanto, a melhora nos preços internacionais do produto fez com que entrassem US$ 1,26 bilhão no Estado, ante US$ 1,04 bilhão em 2022. Uma das razões que influenciaram no valor foi a queda na produção indiana, que levou o país a adquirir o açúcar paranaense, o que não acontecia desde 2020.
Essas compras tiveram importância, mas os principais destinos do açúcar paranaense foram a Argélia, com 352 mil toneladas, e a Malásia, com 324 mil toneladas. Há pelo menos dez anos esses dois mercados mantêm compras regulares, o que supriu a ausência dos russos. Depois de adquirir volume recorde de 1 milhão de toneladas em 2008, a Rússia zerou as compras no ano passado.
A atratividade dos preços do açúcar fez com que o mix de produção paranaense passasse de 45% para 46% o volume direcionado ao adoçante, de acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar – Unica. No entanto, com uma safra de 35,2 milhões de toneladas de cana, a produção de etanol também evoluiu, com 1,22 bilhão de litros, ou 12% de crescimento em relação aos 1,09 bilhão de litros de 2022.