16/08/2023 às 11h40min - Atualizada em 16/08/2023 às 11h40min
Ex-vereadores e assessores de Londrina são condenados pela justiça por improbidade administrativa
Da Redação
Reprodução O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná condenou por improbidade administrativa os ex-vereadores de Londrina Rony Alves e Mário Hitoshi Neto Takahashi, além de outros agentes públicos, como ex-secretários e ex-chefe de gabinete, empresários e empresas envolvidos no caso. O caso faz parte da Operação ZR-3, que foi deflagrada em 2018, que investigava acusados de obterem vantagens indevidas na aprovação de leis de mudanças no zoneamento urbano.
O Ministério Público declarou através de nota na noite desta terça-feira (15) que o esquema ilícito ocorreu entre o segundo semestre de 2016 e janeiro de 2018, operando tanto na Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação quanto na Câmara Municipal de Londrina. O objetivo era assegurar a aprovação de loteamentos e mudanças na Lei de Zoneamento Urbano para beneficiar empreendimentos imobiliários na cidade, mediante pagamento de vantagens econômicas a agentes públicos.
Tanto Rony Alves quanto Mário Takahashi perderam os seus cargos de vereadores na época e foram condenados a suspensão dos direitos políticos por dez anos.
As defesas dos ex-vereadores contestaram as acusações através de notas oficiais. Rony Alves afirmou que nunca solicitou nem recebeu propina para exercer suas funções parlamentares, e negou envolvimento em atos ilícitos. Já a defesa de Mário Takahashi também refutou as alegações, enfatizando que as acusações carecem de provas sólidas, visto que a alteração na lei de zoneamento requer a votação da maioria dos vereadores.
Após a deflagração da Operação ZR-3, a Câmara de Vereadores de Londrina aprovou a abertura de uma Comissão Processante para investigar os dois parlamentares. Afastados do Legislativo pela Justiça, os dois continuaram recebendo salários por quase um ano. Alves e Takahashi acabaram absolvidos pela Comissão na ocasião.