O prefeito Eduardo Pimentel apresentou, nesta sexta-feira (19/9), a modelagem da nova concessão do transporte coletivo de Curitiba. Estruturado em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o projeto prevê modernização do sistema, ampliação da integração entre todas as linhas da capital e investimentos em frota sustentável, com destaque para os ônibus de zero emissões. O objetivo é garantir mais agilidade no deslocamento, qualidade no serviço e conforto para os passageiros.
O edital da licitação deve ser publicado em novembro, com leilão previsto para janeiro de 2026, na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).
“Hoje lançamos oficialmente um dos principais projetos da minha gestão. A modelagem da nova concessão será construída com a participação da população, que poderá contribuir por meio da consulta pública aberta nesta sexta-feira e nas audiências de outubro”, afirmou o prefeito Eduardo Pimentel.
A consulta pública estará disponível até 17 de outubro no site Urbs
No portal, cidadãos, investidores e entidades poderão acessar estudos técnicos, análises econômico-financeiras, documentos operacionais e a minuta do edital. Também serão realizadas audiências públicas nos dias 1º e 15 de outubro.
Estrutura da concessão
A nova licitação prevê o leilão de cinco lotes — dois de BRT (linhas em canaletas exclusivas) e três regionais (Norte, Sul e Oeste) — com contratos de 15 anos. A linha Turismo será objeto de um edital separado. O valor de remuneração estimado para os cinco lotes é de R$ 18 bilhões.
O modelo prevê concessão comum com subsídio tarifário e aporte para frota elétrica e infraestrutura de recarga. A remuneração das operadoras será feita por quilômetro rodado, garantindo maior previsibilidade de custos e incentivo à eficiência.
Investimentos previstos
Ao longo de 15 anos, estão previstos R$ 3,7 bilhões em investimentos, incluindo:
aquisição de 245 ônibus elétricos em cinco anos;
compra de 149 ônibus a diesel modelo Euro 6 no início do contrato e mais 1.084 veículos até o fim da concessão;
instalação de dois eletropostos públicos e 107 carregadores em garagens;
requalificação de 16 estações-tubo;
reformulação de 30 itinerários e criação de cinco novas linhas.
A frota operacional será ampliada de 1.189 para 1.234 veículos, todos equipados com ar-condicionado e câmeras de monitoramento.
Benefícios para os usuários
Entre as novidades, está a integração temporal em todas as linhas. O passageiro poderá trocar de ônibus, em qualquer ponto, dentro de um período determinado, sem pagar nova passagem — reduzindo o número de transbordos e o tempo de viagem.
Outro diferencial será o foco na sustentabilidade: a frota elétrica, hoje com sete veículos, passará a 245, garantindo que 30% dos assentos ofertados sejam de ônibus zero emissões até 2031.
Participação popular
A população pode enviar sugestões e contribuições pela consulta pública até 17 de outubro. As audiências presenciais ocorrerão no Centro de Eventos Imap do Parque Barigui, nos dias 1º e 15 de outubro, sempre das 19h às 22h, com transmissão pelo canal da Prefeitura no YouTube.
“Estamos estruturando um sistema moderno, sustentável e acessível, que dará mais qualidade de vida à população. O futuro da mobilidade de Curitiba será construído junto com os cidadãos”, concluiu o prefeito.