O governador Carlos Massa Ratinho Junior autorizou, nesta quarta-feira (10), em Maringá, a assinatura de convênio com a prefeitura para a duplicação do Contorno Sul, um dos principais corredores logísticos da região Noroeste. O Governo do Estado vai investir R$ 450 milhões em quase 12 quilômetros de pavimento em concreto, com a construção de 17 viadutos, uma ponte, passarelas e pistas marginais.
Segundo Ratinho Junior, trata-se da maior obra das últimas três décadas em Maringá. “É um investimento que ultrapassa R$ 450 milhões, fruto de um projeto bem estruturado, doado pela sociedade civil organizada da cidade. A obra vai solucionar o maior gargalo de mobilidade da região, que é a entrada de Maringá por Sarandi, hoje marcada por congestionamentos diários”, afirmou.
O governador destacou que o projeto trará mais segurança e fluidez ao tráfego. “Será um contorno moderno, em concreto, duplicado e com viadutos que vão melhorar a circulação e trazer tranquilidade para os moradores. Agora, a prefeitura fará as audiências públicas e, após a aprovação, lançará o edital de licitação”, explicou.
Ele também ressaltou a importância da parceria entre a sociedade e o poder público. “Quando assumi o governo, autorizamos que empresas e entidades pudessem doar projetos. Criamos um banco de projetos, o que permitiu acelerar obras em todo o Estado. Esse modelo de cooperação é o grande diferencial do Paraná”, acrescentou.
A duplicação do Contorno Sul, também chamado de Avenida Prefeito Sincler Sambatti, é aguardada há décadas pela população e pelo setor produtivo. A via concentra tráfego intenso de veículos pesados, devido à proximidade com o Distrito Industrial, além de servir como ligação para cidades vizinhas, como Sarandi, Paiçandu e Marialva.
A Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística será responsável pelo repasse dos recursos, enquanto o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) fará a fiscalização da obra, que será licitada pela prefeitura ainda este ano.
O secretário da pasta, Sandro Alex, ressaltou a complexidade da intervenção. “São 12 quilômetros de pavimento rígido, 18 obras de arte especiais e intervenções em um trecho urbano movimentado. É uma das maiores obras de mobilidade urbana do Paraná e que trará, acima de tudo, segurança viária”, disse.
Além disso, segundo ele, o governo também executa outras grandes obras em Maringá. “Estamos finalizando a duplicação da PR-317, entre Maringá e Iguaraçu, e o viaduto do Catuaí. São cerca de R$ 1 bilhão de investimentos apenas no perímetro urbano do município”, completou.
Projeto e técnica inovadora
O projeto da duplicação foi elaborado e doado pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim). Prevê a duplicação de 11,8 quilômetros entre os entroncamentos da BR-376 e da PR-317, com 17 viadutos e uma ponte. Entre os pontos críticos que serão solucionados está a rotatória de acesso a Maringá pela BR-376, que ganhará um viaduto duplo e quatro viadutos simples.
A obra usará a técnica whitetopping, na qual o asfalto existente é recuperado e aproveitado como base para a execução de pavimento em concreto. Esse método, pioneiro no Paraná e já aplicado em mais de 500 quilômetros de rodovias estaduais, garante maior durabilidade (cerca de 20 anos, o dobro do asfalto), menor custo de manutenção e mais segurança em frenagens e dias de chuva. Já os acessos laterais e vias marginais terão pavimento flexível.
Impacto regional
O prefeito de Maringá, Silvio Barros, afirmou que o investimento representa um marco para a cidade. “Estamos falando de 11,8 quilômetros que ligam a PR-317 à BR-376, uma obra que resolve grandes problemas da região, como o tráfego de caminhões que transportam a safra de Campo Mourão para Paranaguá. Muitos acidentes ocorreram nesse trecho ao longo dos anos. Agora, teremos uma solução definitiva”, declarou.
Para o secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia, a obra demonstra o compromisso do Governo do Estado com os municípios. “São R$ 450 milhões a fundo perdido, ou seja, sem custo para a prefeitura. Esse modelo só é possível pela organização financeira do Paraná, e permite que os recursos locais sejam aplicados em outras áreas essenciais”, destacou.