Curitiba emite alerta para aumento de casos de hepatite A

Da Redação
09/09/2025 12h00 - Atualizado há 19 horas

Curitiba emite alerta para aumento de casos de hepatite A
Hully Paiva/SECOM

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba emitiu novo alerta diante do crescimento de casos de hepatite A na cidade.

Em 2024, foram 563 notificações, das quais 73% em homens, principalmente entre 20 e 39 anos. Do total, 60% precisaram de internação, 2,4% evoluíram para UTI, com um transplante hepático realizado e cinco óbitos registrados.

Já em 2025, até o momento, Curitiba confirmou 64 casos. Destes, 42% demandaram hospitalização, mas não houve transplantes ou mortes.

O cenário segue a tendência de outros grandes centros urbanos, como São Paulo, Belo Horizonte e Natal, que também têm registrado aumento da doença, sobretudo em adultos jovens.

Prevenção é fundamental

A secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak, reforçou a necessidade de cuidados preventivos:

“A hepatite A pode ser evitada com medidas simples, como higiene das mãos, vacinação e sexo seguro. Nosso alerta é para que a população não descuide dessas práticas.”

O infectologista da SMS, Alcides Oliveira, destacou que a doença costuma ser mais grave em adultos.

“Na infância, muitas vezes a infecção é leve ou até assintomática. Já em adultos, há maior risco de hospitalização, insuficiência hepática e, em alguns casos, necessidade de transplante. Por isso, é fundamental procurar atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas, como olhos e pele amarelados, urina escura e cansaço intenso”, explicou.

Transmissão e sintomas

A hepatite A é causada por um vírus transmitido principalmente pela via fecal-oral, por meio de água e alimentos contaminados, ou em práticas sexuais com contato com fezes. Os sintomas mais comuns incluem febre, mal-estar, dores no corpo, náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia e icterícia (pele e olhos amarelados).

Vacinação

A vacina contra a hepatite A está disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) desde 2013 para crianças de 1 a menores de 5 anos. Também é oferecida em Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie) para públicos específicos, como:

pessoas vivendo com HIV,

usuários de Profilaxia Pré-Exposição Sexual (PrEP),

portadores de doenças crônicas do fígado,

imunossuprimidos,

candidatos a transplante, entre outros.

Além da vacinação, são medidas essenciais de prevenção:

lavar bem as mãos,

higienizar corretamente os alimentos,

consumir apenas água potável,

usar preservativos nas relações sexuais.


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