Portos do Paraná registram maior movimentação da história em agosto e projetam recorde anual

Claudio Neves/Portos do Paraná

A movimentação de cargas nos portos paranaenses atingiu em agosto de 2025 o maior volume já registrado para o mês, segundo a série histórica da Portos do Paraná. Foram embarcadas e desembarcadas 7.077.439 toneladas, um crescimento de 3% em relação a agosto do ano passado.

No acumulado de janeiro a agosto, o desempenho é ainda mais expressivo: 48.648.592 toneladas, volume 5% superior ao registrado no mesmo período de 2024 (46.367.569 toneladas).

“Esse avanço reflete os investimentos em infraestrutura e o planejamento de gestão iniciado em 2019”, destacou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

As projeções apontam que a média mensal deve se manter em torno de 6 milhões de toneladas até dezembro, o que abre espaço para superar o recorde anual anterior. A meta é alcançar a marca de 70 milhões de toneladas até o fim do ano.

Destaques do mês

O milho foi o grande destaque de agosto, com 833.052 toneladas exportadas — alta de 1.043% em relação ao mesmo mês de 2024 (72,9 mil toneladas). No acumulado do ano, a movimentação do grão cresceu 261%, passando de 581,7 mil toneladas para 2,09 milhões. O produto representou 12% das cargas movimentadas no mês e 13% no total anual, impulsionado pela safra recorde brasileira e pelo surgimento de novos compradores internacionais.

As cargas conteinerizadas também registraram avanço, crescendo 11% em agosto (875,6 mil toneladas contra 787,8 mil em 2024). O óleo vegetal teve alta de 19% no mês e de 50% no acumulado. Derivados de petróleo aumentaram 74%, a celulose avançou 58% em agosto (24% no ano) e o açúcar ensacado subiu 7%, recuperando espaço no mercado após a retomada da produção de cana-de-açúcar.

Importações em equilíbrio

As importações mantiveram estabilidade em agosto frente a 2024, mas acumulam crescimento de 5% no ano. “O resultado mostra equilíbrio entre exportações e importações, sustentado pela infraestrutura portuária, como o aumento de calado, que possibilita maior carregamento dos navios”, explicou o diretor de Operações Portuárias, Gabriel Vieira.

Entre os destaques das compras externas, o desembarque de componentes para solventes cresceu 34% e o de derivados de petróleo, 16%.

A cevada teve salto de 87% no acumulado de 2025, puxada pela demanda da indústria cervejeira e por uma maltaria instalada nos Campos Gerais. Já os fertilizantes, embora tenham registrado queda em agosto, somam alta de 10% no ano e respondem por 16% de todas as importações.