Nesta quinta-feira (11), às 8h30, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, participou da inauguração do primeiro Colégio SESI de Referência Internacional do Brasil. A nova escola do Serviço Social da Indústria de Londrina oferece 500 vagas para o ensino fundamental II (6º ao 9º ano) e ensino médio, técnico e profissionalizante bilíngue e fica na Rua Belém, 844.
A partir de hoje (11), os alunos começaram a estudar na nova unidade, que é um projeto piloto, visando melhorar a qualidade da educação de crianças e jovens para a adaptação às novas tecnologias e ao pensamento inovador necessário ao trabalho na indústria atual. “Essa é uma ação fundamental para Londrina. talvez as pessoas não tenham dimensão do significado disso: uma escola internacional com foco na tecnologia e na indústria. Isso significa dizer que os jovens que aqui estudarem vão sair qualificados para uma boa oportunidade de emprego. Londrina hoje é uma referência nacional na área de Tecnologia da Informação. Temos grandes multinacionais e aproximadamente 2 mil vagas de emprego em aberto na área de Tecnologia, que é uma indústria limpa e isso vem se somar ao que foi feito ao longo dos anos em Londrina”, disse o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati.
Através de uma proposta de ensino médio técnico e profissionalizante, o SESI desenvolve uma educação moderna e tecnológica, com aulas temáticas na área de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM – sigla em inglês). Para isso, o ensino integra várias áreas do conhecimento, como a robótica educacional, a cultura maker e educação bilíngue, preparando estudantes para os desafios globais e o mundo do trabalho.
No Brasil, deverão ser instaladas 42 unidades do Colégio SESI, sendo que seis já estão em funcionamento. No Paraná, o Município de São José dos Pinhais já conta com um colégio SESI e outras quatro cidades também vão recebê-lo. O maior diferencial de Londrina é que aqui está funcionando o primeiro Colégio SESI de Referência Internacional do Brasil, ou seja, com ensino bilíngue, em que os alunos podem receber dupla certificação ao pedirem pela Certificação High School, além da nacional.
“Temos uma grande satisfação em oferecer para a comunidade uma formação integral aos jovens. O grande diferencial é o internacional. Falar um segundo idioma, principalmente o inglês, é fundamental para se inserir no mundo do trabalho, além do lazer. Outro diferencial dessa escola é o olhar para a aprendizagem do jovem como protagonista do processo de aprendizagem. Aqui os alunos não ficam só em uma sala. Eles vão trocando de sala e o professor fica fixo. As salas são todas ambientadas, com as tecnologias, materiais e recursos necessários para que esse aluno possa imergir, entrar e se aprofundar naquela ciência específica e possa aprender. São lançados desafios para os alunos, que eles têm que resolver todas as suas competências”, contou a superintendente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Fabiane Francisconi.
Nessa escola, construída em uma área de 1.039,08 m², os alunos são apresentados às profissões da indústria e às carreiras que eles poderão se inserir futuramente no mundo do trabalho. Durante todo o período, são trabalhados cinco eixos de organização, que tratam das tecnologias educacionais, da gestão escolar, do sistema autoral de ensino, da formação docente e dos espaços de aprendizagem. Para isso, são 14 salas de aulas temáticas, estruturadas por áreas de conhecimento, onde cada uma possui mobiliário, equipamentos e materiais didáticos específicos.
Diferente do que acontece no ensino médio tradicional, em que cada turma estuda em uma sala fixa, no Colégio do SESI, eles circulam por todas as salas, pois em cada uma é realizada uma aula diferente, por isso há sala de linguagens e suas tecnologias, robótica, programação, culinária, matemática e raciocínio lógico-matemático, ciências da natureza, ciências humanas e sociais. Essas estruturas foram retiradas de bons exemplos europeus e dos Estados Unidos, que têm como intuito incentivar a investigação, a descoberta, a conexão, a criação e reflexão acerca dos diversos conhecimentos.
Durante a inauguração, o prefeito de Londrina também falou sobre o destaque que Londrina tem tido nas áreas tecnológicas e de inovação e lembrou que, apesar de o senso comum, muitas vezes, acreditar que as cidades precisam estar geograficamente próximas a portos para escoar a produção, a indústria atual tem se modernizado e se interiorizado, fato este que tem acarretado o processo de desconcentração industrial no Brasil.
“Muitas vezes, a gente não consegue materializar a indústria de tecnologia, que é uma indústria limpa, que paga muito bem, com uma média salarial acima de R$ 5 mil, que agrega valor e traz recursos para a cidade. E, Londrina está se destacando muito nessa área. Muitos falavam que Londrina está mal localizada, porque está longe dos portos, mas o Magazine Luiza fez aqui o maior Centro de Distribuição Logístico da América Latina. Londrina tem tudo: é uma cidade com quase 600 mil habitantes, com qualidade de vida, com um centro de saúde de primeiro mundo -que atrai gente do Brasil inteiro para se tratar aqui-, um sistema educacional com 63 instituições de ensino, é uma cidade acolhedora, com um nível salarial maior que a média nacional e o que está sendo feito aqui -com a nova unidade do SESI e o HUB de Inteligência Artificial que já foi inaugurado- é histórico. E, isso vai se refletir muito no futuro de Londrina”, ressaltou Marcelo Belinati.
Além do Centro de Distribuição do Magazine Luiza, estão instalados em Londrina a Sadia Perdigão e a Tata Consultancy Services (TCS), assim como está em fase final de construção a indústria da Rizobacter do Brasil, pertencente ao grupo argentino Bioceres Crop Solutions e Rizobacter.
Segundo o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), Carlos Valter Martins Pedro, a Escola SESI de Referência Internacional, teve um investimento de aproximadamente R$ 12 milhões. Além disso, ele explicou o motivo pelo qual Londrina foi a cidade escolhida para receber o projeto piloto. “Londrina merece. É a nossa segunda cidade do Estado, com um público e uma indústria forte que precisam ser qualificados. E o Colégio SESI de Referência em Londrina e Internacional vem ao encontro do que queremos para a indústria, então Londrina merece”, disse.
Martins Pedro também explicou que o ensino é inovador não somente pela metodologia interativa e pelo material que será usado, mas também devido aos equipamentos disponíveis, às ferramentas e aos laboratórios instalados junto aos docentes altamente capacitados.
O primeiro Colégio SESI de Referência Internacional do Brasil é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio do SESI Nacional, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), por meio do SESI Paraná.
HUB de Inteligência Artificial – O HUB de Inteligência Artificial do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mencionado pelo prefeito de Londrina, fica no Instituto Senai de Tecnologia da Informação e Comunicação, localizado na Rua Deputado Fernando Ferrari, em uma área construída de 7.776 m² sob um terreno de 6.814,14 m². Dada a magnitude do espaço, é possível atender simultaneamente 685 alunos. O objetivo é promover desenvolvimento profissional para a Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC) industrial e criar soluções inovadoras para o setor industrial.
No espaço há salas de aulas; laboratórios de informática, física, robótica, internet das coisas, desenvolvimento de softwares, smart grid, domótica, automação industrial, eletrônica, espaço Maker e de realidade aumentada e virtual; refeitório com cantina; auditório para até 200 pessoas; foyer para recepção de convidados; biblioteca e área administrativa, sendo que no terceiro pavimento está o HUB de Inteligência Artificial, onde tem a fábrica de software do Instituto de TIC e o laboratório de experimentação industrial, de robótica e de eletrônica. Toda a obra leva em consideração a sustentabilidade, a eficiência energética, a acessibilidade, meios de reuso de água e uma ambientação de preservação da natureza. Para a execução da obra serão investidos R$ 35 milhões mais R$ 15 milhões em equipamentos e mobiliário. Os recursos advém da Central Geral do Dízimo do Pró-Vida.