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O Paraná ocupa posição de destaque no Ranking do Saneamento 2025, divulgado nesta terça-feira (15) pelo Instituto Trata Brasil. Com cinco municípios entre os 20 mais bem colocados do país, o estado é o segundo com maior número de cidades no topo do levantamento, atrás apenas de São Paulo.
As cidades paranaenses presentes no ranking são:
Foz do Iguaçu (10º lugar)
Ponta Grossa (13º)
Maringá (14º)
Curitiba (18º)
Londrina (20º)
A avaliação considera os 100 municípios mais populosos do país e mede a qualidade da oferta de água tratada e coleta e tratamento de esgoto. O bom desempenho paranaense reflete os investimentos robustos realizados pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), que aplicou R$ 8,8 bilhões entre 2019 e 2024 nas redes de água e esgoto.
Números acima da média nacional
Os indicadores dos municípios do Paraná superam com folga as médias brasileiras. Em 2023, o atendimento urbano à água no país foi de 83,1%, enquanto a coleta de esgoto atingiu 77,19% nos maiores centros urbanos — com uma média nacional de apenas 55,2%.
No Paraná, os índices são significativamente mais altos:
Foz do Iguaçu: 99,31% (água) e 90,66% (esgoto)
Ponta Grossa: 98,50% (água) e 98,11% (esgoto)
Londrina: 97,80% (água) e 97,55% (esgoto)
Curitiba, por sua vez, foi considerada a terceira melhor capital do Brasil no ranking, ficando atrás apenas de Goiânia (GO) e São Paulo (SP).
Universalização e eficiência hídrica como metas
A Sanepar está presente em 345 municípios paranaenses e atende 100% da população com água tratada, além de garantir coleta de esgoto para mais de 81% dos moradores — com 100% do esgoto coletado tratado.
Segundo o diretor-presidente da empresa, Wilson Bley, a meta é tornar o Paraná o primeiro estado brasileiro a universalizar o saneamento. Para isso, estão previstos R$ 11,8 bilhões em investimentos até 2029. “Estamos na vanguarda, com projetos inovadores como as parcerias público-privadas (PPPs), que colocam o saneamento como prioridade real nas políticas públicas”, destacou.
Maringá é referência em combate ao desperdício
Entre os destaques do ranking, Maringá se sobressaiu com um dos menores índices de perdas de água tratada do país: apenas 23,12%, contra uma média nacional de 45,43%. Isso posiciona o município entre os 20 melhores do Brasil nesse quesito.
De acordo com Vitor Gorzini, gerente de engenharia regional da Sanepar, a eficiência é resultado do uso intensivo de tecnologia. “Monitoramos em tempo real as 30 zonas de abastecimento da cidade com um software que detecta vazamentos e permite ajustes imediatos na vazão”, explicou. Em 2024, os investimentos da Sanepar em Maringá somaram R$ 77,9 milhões.
Nova metodologia e critérios técnicos
Esta edição do ranking foi a primeira a utilizar integralmente a nova metodologia baseada no Sistema Nacional de Informações em Saneamento (Sinisa), que substitui o antigo SNIS após o novo Marco Legal do Saneamento Básico.
A avaliação leva em conta dez indicadores, distribuídos em três dimensões:
Nível de Atendimento (5 indicadores)
Melhoria do Atendimento (2)
Nível de Eficiência (3)
Cada indicador recebe uma nota de 0 a 10. No total, dos 20 municípios mais bem colocados, nove são de São Paulo, cinco do Paraná, três de Minas Gerais, dois de Goiás e um do Rio de Janeiro.
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