10/05/2023 às 11h21min - Atualizada em 10/05/2023 às 11h21min

Bolsas de pesquisa e extensão do Paraná ajudam a formar uma nova geração de pesquisadores

Agência Estadual de Notícias

Divulgação/Fundação Araucária
Passada a euforia do ingresso na universidade, os desafios diários se acumulam na vida universitária. Além da jornada puxada de estudos, a questão financeira muitas vezes representa barreiras para o desenvolvimento de algumas atividades. Para auxiliar nesse processo, a Fundação Araucária disponibilizou, nesta semana, 3,5 mil novas bolsas científicas por meio de três chamadas públicas.

Os Programas de Bolsas de Iniciação Científica e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBIC e PIBIT), de Apoio à Inclusão Social Pesquisa e Extensão Universitária (PIBIS) e de Extensão Universitária (PIBEX) financiarão bolsas no valor, já reajustado, de R$ 700 mensais pelo período de até 12 meses. Eles são fundamentais para garantir o foco dos estudantes no aprendizado e ajudam a transformar histórias de vida ao incentivar a busca por novos conhecimentos.


Segundo a coordenadora do Fórum dos Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Educação Superior Públicas Brasileiras - Regional Sul, Rosimeire Darc Cardoso, os programas da Fundação Araucária são importantes ações para os estudantes de graduação das universidade estaduais.

“O contato do estudante com a extensão faz com que ele perceba a importância dos conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação e também contribui com a sua formação de forma integral, ao mesmo tempo que impacta a comunidade. Também e importante ressaltar que o PIBIS se constitui em um importante instrumento de manutenção das condições dos alunos de inclusão social permanecerem na universidade e se dedicarem aos estudos e à sua formação”, ressalta.

Para o presidente do Conselho Paranaense de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação do Paraná, Giovani Marinho Favero, o destaque nacional e internacional das universidades do Paraná se dá, em grande parte, por essa formação com financiamento governamental amplo. Via Fundação Araucária, o Governo do Estado desenvolve, além desses editais, arranjos de pesquisa, interlocução com outros centros desenvolvedores de ciência e programas de incentivo à inovação.

“A visão do Governo do Estado sobre ciência, tecnologia, inovação e extensão é confirmada por esses editais. São bolsas em diferentes modalidades e com um investimento financeiro alto. Esse estímulo acadêmico tem um efeito cascata, pois o estudante de iniciação científica será um futuro pós-graduando, o de iniciação tecnológica participará de frentes de inovação regional e estadual e assim por diante”, enfatiza o pró-reitor.

EXEMPLOS

Nickolas Valério Soti, 22 anos, está no terceiro ano do curso de Letras-Português na Universidade Estadual do Paraná (Unespar-Paranaguá). Ele escolheu a carreira de professor. Já atuou em vários projetos de educação ambiental como bolsista e atualmente ministra aulas para idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati), da Unespar, projeto que oferece disciplinas para promover uma nova vida para pessoas com mais de 60 anos.

“Estou há mais de um ano na Unati e mesmo já tendo conquistado meu certificado eu continuo com eles porque sei que precisam de projetos como este, que também têm contribuído muito para a minha formação”, completa.

A bolsa do PIBIS o ajudou a superar a dificuldade de conciliar trabalho e estudo. “Hoje em dia, no Brasil, é muito difícil você trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Quando eu entrei na faculdade eu tinha um emprego e não conseguia conciliar as atividades acadêmicas com o trabalho. Então tive que escolher e optei pelos estudos pensando no futuro. A bolsa é uma importante ajuda, consigo arcar com meus gastos básicos e ter a experiência que preciso como professor”, afirma.

Aos 21 anos, Tiago Henrique Soares cursa o terceiro ano de Matemática na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e é bolsista PIBIS no projeto de extensão dentro do Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), que objetiva integrar a universidade com o ensino fundamental e médio. “Como bolsista eu tenho o dever de repassar o conhecimento aos visitantes do museu, o que para mim é muito gratificante. Acrescenta muito na minha vida acadêmica e sei que vai me ajudar depois que eu me formar”, complementa.

Para Eliseu Mota Neto, também de Maringá, ter a bolsa o ajuda a se dedicar de forma integral à universidade. Neto é estudante do segundo ano de Ciências Biológicas na UEM. “A bolsa me auxilia com a alimentação, comprar material didático e despesas básicas. É um apoio importante para eu me manter dentro da universidade e poder me dedicar aos estudos atuando dentro da minha área profissional. É muito bom ter esta experiência como bolsista”, explica.

Gulherme Teixeira Santos, tem 23 anos e foi bolsista do Programa de Bolsas de Iniciação Científica e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBIC e PIBIT) enquanto estudante da graduação em Física. Sua última conquista foi a aprovação no curso de mestrado em Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

“A bolsa foi uma importante ajuda com as contas da casa, gastos com alimentação no restaurante universitário e com as passagens de ônibus. Ser bolsista me ajudou de forma geral em toda minha graduação graças ao ambiente e ao apoio da minha orientadora. Eu espero que a iniciação científica abra novas oportunidades para o meu futuro acadêmico”, comenta.

Bolsista do Programa de Apoio à Inclusão Social Pesquisa e Extensão Universitária (PIBIS), Josiane Fabieli Borcz, aos 21 anos, está no quarto ano de Engenharia de Metais na UEPG. “Eu espero aumentar meu conhecimento prático na área do meu curso e ampliar minhas opções quanto a vagas disponíveis no mercado de trabalho. Minha família nunca teve uma renda muito alta, então a bolsa é importante porque eu posso ajudar os meus pais e estou guardando parte para me dedicar na profissão”, conta.


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