A Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), desenvolveu, nos últimos três anos, um estudo que propõe a redução da região Metropolitana de Londrina (RML). Composta hoje por 25 municípios, o órgão prevê a redução para 16 ou sete cidades, considerando a região, transporte público, meio ambiente, movimento pendular, malha urbana e conurbação. Cabe agora ao governo do Estado avaliar a argumentação e a necessidade de desanexação de alguns municípios.
Hoje, compõem a região metropolitana de Londrina: Alvorada do Sul, Arapongas, Assaí, Bela Vista do Paraíso, Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Londrina, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Primeiro de Maio, Rancho Alegre, Rolândia, Sabáudia, Sertaneja, Sertanópolis, Tamarana e Uraí.
Diante ao estudo, o presidente da Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), o prefeito de Cambé, Conrado Scheller, defende a ampla proposta de debate sobre o assunto, considerando se é interessante uma região metropolitana mais grandiosa, ou uma região que garanta uma defesa efetiva das características individuais de cada cidade.
Há, principalmente, uma preocupação em relação aos prejuízos que as cidades menores poderiam ter. Conrado Scheller ressalta que a segmentação da região não pode ser danosa para cidades com menos território ou população, mas ainda muito importantes para todo o estado. “ A somatória dessas cidades também traz uma grandiosidade de representatividade. Mas é inegável que temos características comuns entre Cambé, Londrina, Ibiporã, Rolândia. E temos características comuns com outras cidades, que são Sertanópolis, Alvorada do Sul, Primeiro de Maio. Temos que fazer essa análise para nenhum município ser prejudicado com uma possível segmentação da região metropolitana”.
Hoje, a projeção da Amepar é um norte do Paraná mais fortalecido. E, segundo o presidente, o debate é importante para avaliar o que traz mais benefício: estar em uma cidade como Londrina, de 600 mil habitantes, e outra com 10 mil, com características semelhantes em saúde e segurança pública, mas totalmente divergente em outros aspectos. A discussão deve se pautar se, efetivamente, uma possível divisão do bloco beneficie ou não o norte do Paraná, para que toda a região ganhe com isso.
Por outro lado, não há nenhuma apreensão por parte do governo do Estado não promover ações efetivas na região. “O governador Ratinho Júnior sabe da importância que eu estou dizendo aqui agora. Você perceba que muitos programas dele estão vindo para as pequenas cidades. Um exemplo é o programa Asfalto Novo, para não ter mais bairros de cidades na poeira e no barro. O começo do Asfalto Novo foi com cidades de até 10 mil, 20 mil, 50 mil e vai subindo progressivamente. Isso demonstra o cuidado que o governador também tem com as cidades com território e população menor. Então, nós acreditamos muito que essas cidades continuarão tendo atenção de um governo que é municipalista, de uma equipe técnica de seus secretários também que valorizam não só os grandes centros, mas também estão convencidos da importância das cidades menores para o Paraná. Volto a repetir, cidades menores, quando elas se juntam, elas ficam maiores do que muita cidade grande. Então, todos são importantes nesse processo. A divisão territorial e divisão de população é só uma métrica de análise, mas que ninguém pode ficar de fora”, destaca Scheller.
Amepar
A Amepar surgiu em 1973 para representar 22 municípios da região norte do Paraná, unindo forças para tratar dos interesses comuns de toda a região. Desde então, foram ampliadas e fortalecidas a capacidade administrativa, econômica e social dos municípios associados, além da defesa e reivindicação os interesses das administrações municipais da microrregião.
São municípios associados da Amepar: Alvorada do Sul, Arapongas, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Londrina, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Primeiro de Maio, Rolândia, Sabáudia, Sertanópolis e Tamarana. Desses, somente um não faz parte da região metropolitana de Londrina; e quatro municípios da RML não compõem a Amepar.