Prefeito Eduardo Pimentel convoca servidores para revisão do Plano Diretor de Curitiba

Pedro Ribas/SECOM

Lançado há dois meses, o processo de escuta ativa para a revisão do Plano Diretor da Prefeitura de Curitiba avança a cada rodada de discussão dos principais desafios para o crescimento da cidade nos próximos anos. Nesta quarta-feira (3/6), foi a vez de servidores de secretarias municipais e administradores regionais participarem das dinâmicas de diagnóstico de diferentes aspectos do desenvolvimento urbano.

“O envolvimento de cada servidor é importante para estabelecermos a conexão com as comunidades e termos diálogos produtivos no processo de revisão”, disse o prefeito Eduardo Pimentel, durante a abertura da primeira oficina técnica intesetorial, realizada na Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação.

Participaram da abertura também Marcelo Fachinello, secretário do Governo Municipal; Dario Paixão, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação; e Ana Zornig Jayme, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).

Dinâmicas
Responsável pela condução do processo de revisão do Plano Diretor, o Ippuc conduziu as dinâmicas temáticas, realizadas durante todo o dia. Pela manhã, as equipes foram divididas por territórios de atuação para discussão preliminar dos temas. Os debates também foram abastecidos pelos dados e evidências dos 12 desafios preliminares já elencados pelo Ippuc na fase de pesquisa, como atenção à população de rua, incentivo à economia criativa, inovações para a mobilidade urbana, estímulo ao desenvolvimento econômico sustentável, além de desafios metropolitanos em questões de saúde, educação e moradia.

“A partir dessas discussões, vamos conectar as três prioridades de cada regional para estabelecer o ranking de temas que serão aprofundados na fase de diagnóstico. Temos tido debates qualificados, traduzidos em mais propostas do que desafios, como a criação de uma gestão intersetorial para soluções de maior complexidade”, explicou Thomaz Ramalho, diretor de Planejamento do Ippuc e coordenador geral do processo de revisão do Plano Diretor.

A metodologia de revisão tem gerado bons debates entre participantes. “A agenda de hoje representa a gestão democrática verdadeira, com um discurso horizontal e didático, características inovadoras. Percebo ainda a qualificação da nossa escuta e a aproximação das regionais, isso reflete um trabalho promissor e bem estruturado", disse Carla Trisotto, servidora de carreira do gabinete da regional Cajuru.  

Rafaela De Rose, doutoranda da Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR), do Programa de Pós-Graduação e Gestão Urbana, foi estagiária do Ippuc em 2015, na última revisão, e comemora as metodologias que estão sendo aplicadas. “O processo participativo é uma ferramenta poderosa. Fazer testes ajuda a definir a melhor estratégia para o momento atual da cidade e alcançar o maior número de curitibanos", avalia. 

Revisão
Criado em 1966, o Plano Diretor precisa passar por revisões a cada dez anos, conforme o Estatuto da Cidade. Em Curitiba, o processo deve ser concluído com a aprovação da nova lei, até dezembro de 2026. Até lá, estão previstas oficinas técnicas, estratégicas e comunitárias, para o aprofundamento e diagnóstico de desafios do desenvolvimento urbano sustentável. 

As oficinas comunitárias serão realizadas nas administrações regionais a partir da segunda quinzena de julho. As atividades podem ser acompanhadas no site do Plano Diretor e na Plataforma ReDus.