03/05/2023 às 15h28min - Atualizada em 03/05/2023 às 15h28min

Circulação da chikungunya no Paraná tem origem em outras regiões, aponta estudo

AEN

Divulgação/Sesa
Durante o estudo para apontar que as sequências detectadas no Paraná vieram das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil,foram agrupadas em dois clados (agrupamentos de organismos originados de um único ancestral comum), indicando que houve pelo menos duas introduções independentes do vírus no Estado neste ano. O Estado do Paraná, com o apoio da Organização Panamericana de Saúde (Opas), e em parceria com a Fiocruz de Minas Gerais e a Fundação Ezequiel Dias (Funed), concluiu o treinamento em sequenciamento genômico do vírus Chikungunya. A atividade, que se estendeu até o fim do último mês, apontou que as sequências detectadas no Paraná vieram das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.

Para a capacitação, foram analisadas amostras de pacientes com febre chikungunya que foram coletadas nas macrorregiões Oeste e Norte em 2023. Durante a pesquisa, a árvore filogenética do vírus foi reconstituída, permitindo aos pesquisadores obter dados e maior compreensão acerca da origem. “Este estudo revela detalhes científicos importantes acerca deste vírus e, com sua conclusão, podemos aprender e entender melhor sua origem e comportamento. O Lacen possui um padrão de qualidade que é referência nacional e tem nos auxiliado profundamente na luta contra a expansão das arboviroses”, comentou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.


“Estes dados trazem mais informações para futuros estudos e também para mapear a presença do vírus no Estado. É uma ação importante que não somente contribui para um entendimento coletivo sobre o vírus mas também capacita nossos profissionais para ter mais aptidão em avaliá-lo”, destacou a diretora do Lacen, Irina Nastassja Riediger. Segundo ela, outra vantagem é a possibilidade de fortalecer a rede de sentinelas no Paraná, unidades distribuídas pelas 22 Regionais de Saúde e que auxiliam a monitorar a circulação de arboviroses no Estado.

PARAGUAI – No início de fevereiro deste ano, a Sesa emitiu um alerta em todo o Estado devido ao aumento crescente acerca de casos confirmados da doença chikungunya no Paraguai, país que faz fronteira com municípios paranaenses. Embora o estudo não permita identificar a relação de transmissão do vírus entre o Paraná e o país vizinho, é possível confirmar que as amostras avaliadas do Paraguai também tiveram origem na região nordeste do Brasil.

DENGUE – O estudo também avaliou diagnósticos de dengue, sequenciando amostras provenientes de 22 municípios. Os dados obtidos confirmaram que não há nenhum genótipo novo em circulação, sendo intimamente ligadas à dengue no Paraguai e também em outros locais do Brasil.

DADOS – De acordo com o último boletim epidemiológico publicado, o Paraná possui 35.433 casos confirmados e 21 óbitos por dengue, além de 283 confirmações e dois óbitos por chikungunya, sendo um caso importado do Paraguai e um residente de Cascavel.


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