A forte chuva que atingiu Londrina nesta terça-feira (4) causou transtornos em diversas regiões da cidade, resultando em alagamentos e na queda de árvores. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar), o volume de chuva ultrapassou 71 milímetros em apenas seis horas.
Vídeos compartilhados nas redes sociais retratam o impacto da tempestade, com ruas parcial ou totalmente alagadas. Foram registrados alagamentos em todas as regiões da cidade.
Alguns pontos foram especialmente afetados, como as áreas próximas ao Lago Igapó. Na Avenida Dez de Dezembro, veículos ficaram submersos, enquanto uma “cachoeira” se formou em uma viela que dá acesso à Avenida Portugal. Já nas ruas Alagoas, Goiás e João Cândido, moradores registraram o grande acúmulo de água.
Na Avenida Celso Garcia Cid, na Zona Leste, uma cena inusitada chamou a atenção: um homem foi flagrado utilizando um caiaque para se locomover pela via alagada.
Outro ponto crítico foi a Avenida Brasília, na BR-369, onde ocorreu um intenso alagamento acompanhado de enxurrada.
Segundo um relatório preliminar da Defesa Civil, uma árvore caiu sobre um veículo na Rua Sidney Miller, no Jardim Columbia, na região oeste da cidade. Um levantamento atualizado com todas as ocorrências deve ser divulgado nas próximas horas.
PREFEITURA CRIA COMITÊ DE CRISES
O alto volume de chuvas registrado em Londrina na tarde desta terça-feira (4) provocou diversos transtornos em vários pontos da cidade, como quedas de galhos e árvores, trechos de vias alagados e outras intercorrências. Para otimizar a resolução dessas questões, a Prefeitura de Londrina instaurou um comitê de crise, por determinação do prefeito Tiago Amaral, reunindo todas as secretarias e órgãos municipais.
Dados parciais apurados pela Defesa Civil às 14h49 indicavam que a cidade recebeu, até então, 47,4 mm de chuvas com rajadas de vento de até 33,5 km/h. Pouco depois, o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) divulgou que o acumulado de chuvas na cidade foi de 67 mm, em relatório atualizado às 15h17.
A rapidez das chuvas de verão ocasionaram alagamentos em diversas ruas e avenidas. No entanto, a Defesa Civil contabiliza, até o momento, somente um caso de família desabrigada devido ao alagamento da residência, que fica na região sul. Para acionar o órgão, os telefones para contato são 153 e 199, que atendem 24 horas, todos os dias da semana.
Coordenando o comitê de crise, que se reuniu no final da tarde desta terça (4), o secretário municipal de Governo, Rodrigo Souza, enfatizou que as primeiras medidas vão priorizar o atendimento de famílias em situação de vulnerabilidade e que tenham sido prejudicadas por conta das chuvas, seguida da limpeza e liberação de acessos.
A liberação do trânsito já está sendo executada por equipes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e Secretaria Municipal do Ambiente (Sema). Esses trabalhos incluem a remoção de água por meio de caminhões bomba e corte de árvores e galhos.
Equipes de manutenção de semáforos da CMTU também atenderam várias demandas de falhas em equipamentos em diversos pontos da cidade, como nas Avenidas Celso Garcia Cid, Leste-Oeste, Dez de Dezembro e Rua Ceará. Todos os semáforos já operam normalmente.
A equipe de operações realizou a remoção e a limpeza de uma árvore que caiu, em razão da chuva, na zona oeste de Londrina. A árvore atingiu quatro veículos, mas não houve feridos. E a CMTU fez ainda a limpeza da alça que dá acesso da Avenida Leste-Oeste a Dez de Dezembro, próximo à rodoviária. A pista recebeu uma grande quantidade de lama e a via foi liberada para o tráfego após a limpeza.
O secretário municipal de Governo também solicitou que todas as secretarias e órgãos façam um levantamento dos registros de ocorrências envolvendo as fortes chuvas desta terça (4), para elencar as ações prioritárias e tomar as devidas providências. “Mas já temos várias atividades em andamento desde o início da tarde e diria que, de forma geral, a situação já está sob controle”, afirmou.
Entre as medidas que serão aplicadas pelo Município para o enfrentamento de situações como a de hoje é o encaminhamento de projeto de lei para a Câmara Municipal, em caráter de urgência, alterando a lei n° 13.508 de 2022. A proposta, que trata do auxílio moradia emergencial, tem como objetivo incluir na concessão o benefício famílias que sofram perda de sua habitação, de forma temporária ou definitiva, por quaisquer intempéries ou desastres naturais.
Atividades preventivas contra alagamentos, como a limpeza e desobstrução de bueiros e galerias pluviais, devem ser intensificadas. O presidente da CMTU, Fabrício Bianchi, citou que esse trabalho tem sido realizado por equipe própria da companhia, que há cerca de dois anos não conta com empresa especializada para executar esse serviço. “Desde os primeiros dias de janeiro observamos a necessidade de reforçar essas limpezas, e temos encontrado um excesso sedimento depositado nas galerias. Isso não é algo simples, que se resolve com facilidade, mas podemos notar que já ajudou a mitigar os danos das chuvas que tivemos hoje”, apontou.