A estudante londrinense Catharina Barbosa Spegiorin, de 17 anos, alcançou um feito extraordinário no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e garantiu aprovação em 89 de 90 universidades públicas de Medicina do Brasil pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Com uma nota final de 826,54 pontos e desempenho impecável na prova de Ciências Humanas, na qual acertou todas as questões, a aluna do Colégio Premier by Wezen de Londrina consolidou-se entre os melhores desempenhos do país.
O professor de Sociologia e coordenador do Ensino Médio no Colégio Premier e Wezen Vestibulares, Marcos Ursi Corrêa de Castilho, celebrou a conquista. "Primeiramente, um sentimento de realização por ter participado da preparação dela. A Catharina se mostrou sempre uma aluna muito comprometida com seus objetivos, muito focada em seu trabalho e com muito talento. Chamava também muito nossa atenção a reverência dela com os professores, a gentileza, a disposição para aprender e sempre o sorriso no rosto", destacou.
Um dos principais especialistas em Enem do Paraná e coordenador de orientação pedagógica do Colégio Premier by Wezen, professor Alisson Henrique Moreira Sanches, lembrou da dedicação de Catharina aos estudos. "O grande diferencial foi uma rotina de estudos bem estruturada, com acompanhamento de desempenho periódico e o foco e a dedicação dela, que foram fundamentais", destacou.
Catharina conta que sua motivação para buscar um desempenho tão alto no vestibular foi a busca por oportunidades ímpares de pesquisa científica e formação acadêmica. "Decidi pagar o preço do alto desempenho motivada pela busca de oportunidades ímpares de pesquisa científica e formação acadêmica, encontradas em maior volume em instituições como USP, Unicamp, Unesp e UFMG, cujos processos de admissão são extremamente concorridos e desafiadores. Também vi no estudo formal um caminho para expandir horizontes, desenvolvendo o senso crítico tão importante nos dias de hoje. Além disso, a paixão pela Medicina e pelo cuidado para com o próximo me incentivaram a entrar de cabeça nos livros", conta Catharina.
Ela lembra que sua rotina foi intensa. "Nos últimos 12 meses, estudei de domingo a domingo, com raras exceções, por cerca de 9 a 13 horas por dia. Assisti a muitas aulas no Premier by Wezen, que foram primordiais para adquirir o conteúdo exigido pelos editais. Outra etapa fundamental do meu cronograma era o estudo ativo – por meio da resolução de questões, principalmente. Importante ressaltar que estudo diariamente desde o 8° ano do Ensino Fundamental e, de forma mais intensa (mais de 7h por dia), desde o início do Ensino Médio", descreve.
Entre os desafios enfrentados, ela destaca a pressão psicológica e a necessidade de resiliência. "Manejar minhas expectativas sobre o futuro foi, certamente, maior pedra no caminho que entender Eletromagnetismo e Concordância Verbal. Como ninguém presta um vestibular desejando a reprovação, entendi ser importante desenvolver a inteligência emocional não como anulação de toda e qualquer expectativa quanto ao resultado do certame, mas como busca por formas de encarar mais equilibradamente tanto os desejos frustrados, quanto os supridos", aponta.
A futura médica lembrou que a relisiência também entrou em campo nesta disputa. "Outros desafios de igual dimensão foram ter resiliência diante de resultados insatisfatórios e filtrar oportunidades para desfrutar com plenitude aquelas que atendiam ao meu objetivo. Quanto à pressão das provas, minha tática foi criar um senso de confiança e coragem: palavras afirmativas me ajudaram muito, bem como pensar que, a partir do momento em que tinha a prova em mãos, minha melhor opção era declarar 'luz, câmera e ação' e me concentrar para fazer o melhor com o conteúdo que eu tinha no momento. Para tudo isso, fiz psicoterapia ao longo dos três anos do ensino médio e contei com o amparo encorajador do Colégio", revela.
Diante de tantas opções, a escolha da aluna foi a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). "É a maior da América Latina e a única instituição brasileira classificada entre as 100 melhores do mundo. Antes dos resultados serem divulgados, cotejava muito qual escolheria se conseguisse tanto Unicamp quanto USP (as duas melhores e primeiras na minha lista de prioridade). No entanto, em razão da oportunidade formidável de estudar no maior complexo hospitalar do país – referência no continente -, optei pela USP. Assim, oportunidades de ingresso na produção científica nacional e internacional, porte dos hospitais-escola, corpo docente formado pelos principais profissionais em seus respectivos departamentos e um apreço pessoal pela cidade de São Paulo me fizeram escolher a USP", justifica.
Catharina também destaca o papel essencial do Colégio Premier by Wezen em sua preparação. "Foi imprescindível. As aulas ministradas pelos professores, completas e adequadas tanto à formação cidadã quanto ao vestibular, me auxiliaram a entender os conteúdos e chegar às provas muito bem preparada. Além disso, a oportunidade de tirar dúvidas individualmente, no período vespertino, com os próprios professores titulares de cada matéria, me ajudou a preencher lacunas de aprendizado. Outro ponto de destaque da minha experiência no Colégio foi o atendimento socioemocional oferecido: sempre que precisei, fui muito bem amparada e incentivada a lidar com os vestibulares de forma mais saudável. Num tempo no qual as provas são muito concorridas, não basta estudar muito para passar: é preciso estudar certo e ter saúde mental", aponta.