Com 89 medalhas, Brasil faz a sua melhor campanha na história dos Jogos Paralímpicos

O Comitê Paralímpico Brasileiro estabeleceu uma meta ousada para as Paralimpíadas de Paris: realizar a melhor campanha de sua história e, pela primeira vez, alcançar o top 5 da competição. Com uma atuação brilhante, o Brasil cumpriu esse objetivo e se firmou como uma das cinco maiores potências paralímpicas do mundo.

A delegação brasileira quebrou o recorde de medalhas, com 89 pódios, e registrou seu maior número de ouros, com 25 conquistas, encerrando a participação em quinto lugar no quadro geral. A China liderou com 94 ouros, seguida pela Grã-Bretanha com 49, e pelos Estados Unidos com 36 medalhas de ouro.

O Brasil disputou intensamente a quinta posição com a Itália até o último dia dos Jogos. No sábado, o país europeu estava à frente, mas, neste domingo, dois ouros, conquistados no halterofilismo e na canoagem, garantiram a virada brasileira no quadro de medalhas.

Anteriormente, a melhor campanha do Brasil havia sido nas Paralimpíadas de Tóquio 2021, quando o país conquistou 22 medalhas de ouro e um total de 72 pódios, ficando na sétima posição. Em Londres 2012, a delegação também alcançou o sétimo lugar, com 21 ouros e 47 medalhas no total.

As modalidades de natação e atletismo foram as que mais contribuíram para o sucesso brasileiro, somando 26 e 36 pódios, respectivamente, suas maiores marcas históricas. No entanto, o judô foi o grande destaque nos últimos dias da competição, conquistando quatro ouros e colocando o Brasil no topo do quadro dessa modalidade.

Um fator interessante que impulsionou a campanha histórica foi a diversidade regional dos atletas premiados. Medalhistas de 16 estados e do Distrito Federal subiram ao pódio, com representantes de todas as cinco regiões do país.

Assim, após quatro edições consecutivas entre os 10 primeiros no quadro de medalhas – 9º em Pequim 2008, 7º em Londres 2012, 8º na Rio 2016 e 7º em Tóquio 2021 – o Brasil deu um passo adiante, "rompendo a barreira" do top 5 e consolidando sua posição como uma potência paralímpica mundial.