Fechar e iniciar ciclos

Depois de três semanas, é hora de voltar para casa. Deixo Londrina com o clima ameno do outono e vou rumo ao “verão amazônico” que se inicia em maio. Para a ciência, por todo o território nacional, é outono, os estados que compõem a Amazônia legal, porém, vivem ao revés. Dezembro é o mês em que as chuvas se tornam intensas, o céu fica cinza, e, a temperatura, agradável - eu prefiro dizer: suportável. Eis o inverno amazônico, ciclo que se fecha em maio com a chegada da seca, momento em que a chuva vai escasseando, escasseando… até que os rios de margens extensas, não raro, tornam-se filetes d’água. Devido à umidade presente no ar, a natureza não sucumbe, como ocorre no árido Nordeste, e o verde mantém relativa vivacidade, ainda que o termômetro marque 43 graus. É um calorão! E no Sul, frio e mais frio. E nesse vai e vem da natureza, vou aprendendo com ela que estações do ano se formam por ciclos, tal qual nossa vida se forma. Regresso ao Acre e retomo minha rotina lá, juntamente com o ciclo que se inicia. E levo comigo o sentimento de que a cada dia fechamos portas, mas abrimos outras, porque o amanhecer nos permite sempre a possibilidade de iniciar outros ciclos. Essa é, pois, a mágica da vida!