Gilson Abreu/AEN O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou na noite de quinta-feira (6) da comemoração de 80 anos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (SindusconPR). A um público de 500 empresários e gestores públicos ligados ao setor reunidos no Museu Oscar Niemeyer (MON), ele enalteceu o bom momento da construção civil e as contribuições do segmento para a elaboração de políticas públicas na área de infraestrutura, logística e habitação.
“É uma alegria participar de um momento tão importante da construção civil do Paraná, representada pelo SindusconPR. Uma boa parte da base econômica brasileira e paranaense vem da construção civil e as empresas vivem um bom momento no Estado”, disse Ratinho Junior.
O governador lembrou dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que demonstraram que a indústria da construção civil do Paraná cresceu 40,7% em 10 anos, o triplo do setor no em nível nacional no mesmo período. Ao todo, o setor representa 4,2% do PIB estadual e emprega 123,5 mil pessoas no Paraná, sendo o quinto com mais trabalhadores ocupados no País. “Essa é uma demonstração da força das empresas paranaenses, o que tem nos ajudado muito na geração de empregos”, afirmou.
Entre as políticas públicas que visam fomentar ainda mais o setor no Paraná, Ratinho Junior citou programas como o Asfalto Novo Vida Nova, com obras de pavimentação e iluminação pública nos municípios – até o momento, já foram investidos R$ 846,5 milhões em 221 projetos de pavimentação e 156 de iluminação pública.
Ele também lembrou o pacote de R$ 55 bilhões a serem aplicados pela iniciativa privada em obras do novo pacote de concessões rodoviárias do Estado nos próximos sete anos. Dois dos seis lotes já foram leiloados e outros dois irão a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo em 2024 – bem como iniciativas licitadas pelo próprio executivo.
“São obras a serem feitas já nos primeiros anos de contrato em todo o Paraná e que complementam outras custeadas com recursos do caixa do Estado, incluindo duplicações, terceiras faixas, pontes, viadutos, pavimentações e novas rodovias em concreto”, citou o governador.
De acordo com o presidente do SindusconPR, Carlos Cade, estes investimentos têm um efeito cíclico na economia, já que a indústria da construção tem um efeito multiplicador de empregos e renda. “Cada emprego formal registrado gera outros quatro na cadeia produtiva, uma vez que envolve a compra de materiais de construção, equipamentos e serviços de outros setores, impulsionando a atividade econômica em geral”, disse.
REFERÊNCIA NACIONAL
Elaborado após um amplo diálogo com o setor, o programa Casa Fácil Paraná, que posteriormente foi transformado em política permanente de Estado em 2020, via lei estadual, é outro exemplo da parceria entre o executivo paranaense e o SindusconPR, que representa cerca de 9 mil empresas da indústria da construção.
A concessão de subsídios estaduais por meio da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) para o custeio da entrada de financiamentos imobiliários da Caixa Econômica facilitou o acesso à casa própria para famílias de menor renda ao mesmo tempo em que ampliou a demanda da construção civil. No total, 63 mil casas foram entregues ou estão em construção e o objetivo é chegar a 100 mil imóveis até 2026.
Para o presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC), Renato Correia, que participou de um debate durante o evento mediado pelo jornalista Carlos Sardenberg, o Casa Fácil Paraná é um modelo para o País na redução do déficit habitacional. “Temos difundido esse bom exemplo do Paraná no resto do Brasil e outros estados já se inspiraram nesse programa, que contou com a colaboração do SindusconPR”, afirmou.
O presidente da Cohapar, Jorge Lange, garantiu que a participação de entidades como o SindusconPR e a CBIC foi vital na construção do modelo habitacional do Governo do Paraná, que agora se espalha por 14 outros estados. “O Casa Fácil é um sucesso porque foi feito com a participação do setor produtivo, da Caixa Econômica e da sociedade, se transformando em uma política pública ágil, que possibilita às famílias realizarem o sonho da casa própria, destravando a construção civil e movimentando toda a economia”.
Em abril, membros do Governo do Paraná e do SindusconPR também integraram uma missão internacional conjunta para a Suécia e a Áustria que teve como intuito conhecer novos modelos construtivos baseados em madeira engenheirada. “A demanda por moradias é crescente e muito rápida, por isso estamos buscando novas tecnologias e uma maior industrialização do setor da construção, com fabricação de casas e até mesmos prédios pré-moldados, ganhando mais velocidade nas obras”, explicou Lange.