03/06/2024 às 12h16min - Atualizada em 03/06/2024 às 12h16min

Professores, servidores e alunos protestam contra a privatização do ensino público paranaense

Da Redação

Reprodução/Redes Sociais
Professores, servidores e alunos da rede estadual do Paraná contrários ao projeto de lei que propõe terceirizar a gestão administrativa de 200 colégios públicos realizaram uma manifestação na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, nesta segunda-feira (3).

O ato marca o início de uma greve da categoria, aprovada em 25 de março por tempo indeterminado. A paralisação ocorre devido ao projeto que está em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em regime de urgência.


Até a última atualização desta reportagem, não havia um balanço sobre quantos professores aderiram à greve, nem quantos alunos estão sem aula no estado. A rede estadual atende mais de 930 mil alunos.

No sábado (1º), a Justiça julgou um pedido do Governo do Paraná e suspendeu a greve, considerando-a ilegal. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) afirmou que não foi notificado e que, mesmo com a decisão judicial, a greve está mantida.

Para o sindicato, a decisão reflete "uma prática antisindical do governo, que não respondeu a nenhuma de nossas tentativas de diálogo".

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) orientou "aos pais que enviem seus filhos às escolas normalmente para que não haja prejuízo ao andamento regular do aprendizado".

O projeto que institui o programa Parceiro da Escola em mais de 200 colégios começou a tramitar em 27 de maio, em regime de urgência, ou seja, com menos tempo para que os deputados avaliem a proposta. Veja quais colégios podem receber o modelo.

Na quarta-feira (29), o projeto teve sua legalidade aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Posteriormente, foi enviado para a Comissão de Educação, onde começou a ser discutido. A conclusão da discussão na comissão está prevista para esta segunda-feira (3) e, em seguida, será encaminhado para avaliação dos parlamentares em plenário.

Em resumo, o programa determina que a gestão administrativa dos colégios será feita "por empresas com expertise em gestão educacional", que deverão ter atuação comprovada na área. A gestão educacional, conforme o projeto, continuará a cargo dos diretores da rede estadual.

Para a APP-Sindicato, o projeto é preocupante porque pode interferir na parte pedagógica das escolas, já que as empresas privadas trabalham, segundo o sindicato, para alcançar metas. O Governo do Paraná nega que isso vá acontecer.

No sábado (1º), a Justiça negou um pedido de oito deputados estaduais que tentavam suspender a tramitação do projeto.


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