28/05/2024 às 15h55min - Atualizada em 28/05/2024 às 15h55min

Hipervisor Urbano: Curitiba trabalha para mitigar e se adaptar às mudanças climáticas

AEN

Ricardo Marajó/PMC
Novos parques e ecodistrito alagáveis que reforçam o conceito de “cidade-esponja” de Curitiba e vão ajudar a reduzir ainda mais a possiblidade de inundações em caso de fortes chuvas. A inédita Reserva Hídrica do Futuro, que irá suprir a cidade com água em caso de estiagem prolongada. Um Hipervisor Urbano, que usa a inteligência artificial para prevenir problemas ambientais típicos de uma grande cidade. Novas estações fotovoltaicas, agora nos terminais de ônibus urbanos, que estão permitindo à capital a reduzir seu consumo de energia. E a entrega das primeiras casas do Bairro Novo da Caximba, maior projeto socioambiental da história recente de Curitiba. 

Estas são as mais recentes iniciativas da Prefeitura de Curitiba em seu compromisso de mitigar e se adaptar aos efeitos das mudanças climáticas. Desde 2017, quando teve início a segunda gestão do prefeito Rafael Greca, a capital vem implantando programas e soluções que buscam conter o avanço do aquecimento global. A Pirâmide Solar de Curitiba, o Bairro Novo da Caximba, os programas Amigo dos Rios e 100 mil árvores e os primeiros ônibus elétricos do transporte público mostram que Curitiba vem fortalecendo a construção da sustentabilidade urbana, a partir do lançamento do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima) em 2018.


“Curitiba propõe uma cidade com menos carros, consumo consciente de energia, ar mais puro, menos desigualdade social, menos resíduos em aterro, paisagem urbana preservada e inovadora, além do trânsito sob controle e valorização do transporte público. São iniciativas que aliam apoio ao crescimento econômico sustentável às pautas de impacto ambiental e social”, explica o prefeito Rafael Greca.

Ele lembra ainda que esse conceito de sustentabilidade adotado por Curitiba a credenciou a conquistar o título de Cidade Mais Inteligente do Mundo de 2023. O prêmio, chamado World Smart City Awards, é concedido pela Fira Barcelona, da Espanha, responsável por organizar também os mais reconhecidos eventos de cidade inteligente do mundo.

Grandes obras
Além das ações previstas no PlanClima, a Prefeitura de Curitiba tem realizado grandes obras para reduzir a possiblidade de enchentes em caso de chuvas intensas. Ao todo são 30 obras de macrodrenagem, sendo que 16 delas foram iniciadas e concluídas em um ano (2018). Neste momento, as obras ocorrem em seis bacias hidrográficas: rios Passaúna, Belém, Barigui, Atuba, Iguaçu e Ribeirão dos Padilha.

Outra ação cotidiana de prevenção de alagamentos da Prefeitura de Curitiba é a limpeza das galerias e caixas de captação das águas de chuva na cidade. O trabalho evita que a obstrução dos canos cause alagamentos em dias de chuvas fortes. As ações integram o programa Curitiba Contra Cheias da Secretaria Municipal de Obras Públicas.

Novos parques alagáveis 
Os cinco novos parques que a Prefeitura de Curitiba está trabalhando para entregar à população trazem uma solução que transformou a capital em exemplo de “cidade-esponja”, com áreas verdes que ajudam a preservar os recursos naturais pra manter e melhorar a impermeabilização dos solos e assim reduzir o risco de inundações na cidade.

O novo parque Colinas do Abranches, no bairro de mesmo nome, terá uma bacia de contenção de cheias e ficará perto do Parque São Lourenço para ajudar a melhorar a drenagem na região. O projeto já está em fase de licitação.

As mesmas funções de parque alagável terão o parque linear que será construído ao lado do Rio Barigui, no Bairro Novo da Caximba, e o parque que será implantado na primeira área na Reserva Hídrica do Futuro, no bairro Umbará, onde a Prefeitura já começou as obras.

Esses novos parques são espaços projetados especialmente para serem alagados com o excesso de água das chuvas. A ideia consiste em usar a capacidade natural dos lagos, árvores, arbustos, solo e galerias pluviais para permitir o escoamento da água para locais onde ela não cause maiores danos em áreas residenciais. Ao reter e reduzir a velocidade da água, esses parques alagam e se tornam temporariamente bloqueados para o uso dos cidadãos.

Já os parques São Francisco de Assis, no Taboão, e Manacá, na Barreirinha, serão áreas de preservação ambiental e dos recursos naturais ajudando na melhor absorção das águas das chuvas e favorecendo a permeabilidade do solo. O primeiro Hospital Veterinário Municipal do Paraná será inaugurado no Parque São Francisco de  Assis.

Assim como os novos parques, a capital tem outros parques “alagáveis. Também possuem esse papel os parques Barigui, São Lourenço, Bacacheri, Tingui e Atuba. Os dois principais rios da cidade, o Barigui e o Belém, passam dentro dos parques Tingui, Barigui (Rio Barigui) e São Lourenço (Rio Belém) e o Rio Atuba no parque de mesmo nome.

Atualmente, a capital conta com 52 parques e bosques públicos em diversas regiões da cidade. Somados às praças, jardinetes, eixos de animação e jardins ambientais, são quase 13 milhões de metros quadrados de áreas preservadas com bosques nativos, equipamentos de lazer e prática esportiva, que proporcionam mais qualidade de vida à população. 

Curitiba ainda incentiva, por meio da criação das Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal (RPPNMs), a preservação de áreas particulares. Desde 2017, foram entregues 47 novas RPPNMs. Tudo isso resulta em mais de 60 metros quadrados de área verde por habitante, quando o mínimo recomendado pela OMS é de 12 metros quadrados por habitante. 


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