14/04/2024 às 11h19min - Atualizada em 14/04/2024 às 11h19min

Em painel, CEO de startups compartilham erros no início dos negócios, na ExpoLondrina

Da Redação

Painel reuniu gestores para uma troca de informações e experiências sobre erros no início dos negócios no Pavilhão Smart Agro (Foto: Thomé Lopes)
“Quanto a sua startup já se ferrou” foi o tema do painel promovido pelo Sebrae/PR e pela Sociedade Rural do Paraná (SRP), na tarde de sexta-feira (12), no Pavilhão Smart Agro, no Parque de Exposições Governador Ney Braga, na ExpoLondrina 2024. O objetivo foi fomentar a troca de experiências sobre desafios, superações e aprendizados no mundo das startups. O evento foi direcionado para empresas iniciantes com CNPJ formalizado.

Participaram da discussão o CEO da Click Web, Paulo Henrique Ferreira, o CEO da Bankme, Thiago Eik, o fundador e CEO da Fortmobile, Guilherme Bittencourt, e o consultor do Sebrae/PR, Gustavo Ishikawa. O painel foi moderado pelo diretor de inovação da SRP, Renan Salvador. A proposta do evento foi ensinar como transformar falhas em degraus para o sucesso na jornada empreendedora.


Guilherme Bittencourt, CEO da Fortmobile, que oferece um serviço simplificado de contabilidade digital e está próxima de chegar à marca de mil clientes ativos na plataforma, aconselha, para quem está começando a empreender, seguir firme no plano “A” do negócio, ainda que a ideia precise de ajustes ao longo do caminho. Para ele, é necessário dedicação e cabeça aberta para mudanças.

“A resiliência faz com que o negócio prospere. Dificilmente, se você se dedicar e tiver uma boa capacidade de gestão, vai dar errado. Nós começamos querendo oferecer uma solução robusta e gastamos muito dinheiro para perceber que o cliente queria algo simples. Nosso propósito, hoje, é o ‘make it simple’, pois o nosso serviço já é burocrático para ficar inventando coisa difícil”, comenta.

Para Thiago Eik, sócio-fundador da Bankme, uma fintech que cria e opera minibancos, ajudando-os a ofertarem crédito de forma simples com tecnologia, segurança e rentabilidade, é preciso ter maturidade para iniciar no mercado. Por isso, ele diz que, dos 20 aos 30 anos, é o momento da vida para investir em conhecimento, desenvolvimento pessoal e criar uma bagagem financeira. Outra sugestão do empresário é escolher um sócio bom para começar o negócio, alguém que seja tão apaixonado e dedicado quanto você.

“Se eu pudesse ter ido para São Paulo e trabalhado numa boa fintech, teria tido uma bagagem melhor. É preciso entender de gestão e liderança, colar em gente boa, aprender com os melhores para depois que você estiver bom, construir um bom negócio”, recomenda.

Para a empreendedora na startup Natu.Me, Ana Paula de Souza Cruz, que comercializa produtos focados na saúde e bem-estar, como aromas, óleos essenciais, cosméticos, velas e perfumes para a casa, foi interessante poder conhecer os desafios apresentados pelos gestores. O negócio, fundado há dois anos, está em fase de tração para escalar no mercado, momento de buscar recursos para investimentos.

“Poder conhecer as experiências de quem já passou por alguns desafios nos ajuda a não cometer os mesmos erros. Diminui a nossa ansiedade de querer que o negócio aconteça rápido, entendi que é preciso ter um pouquinho mais de paciência para as coisas acontecerem”, conta. 

O consultor do Sebrae/PR, Gustavo Ishikawa, explica que o tema do painel foi escolhido porque existe uma tendência em contar apenas casos de sucesso e como as coisas deram certo nesse meio, o que é bom, pois motiva as startups a empreenderem, mas é preciso, também, que elas entendam as dificuldades do processo e conheçam a realidade do mercado. 

“O mundo não é tão favorável assim às startups, tem muita coisa que dá errado no decorrer da jornada. Então, é legal a gente entender os tropeços que esses empresários tiveram, para que as pessoas que vieram assistir não cometam os mesmos erros. Ao mesmo tempo, pudemos conferir as estratégias que deram certo e fizeram com que eles chegassem a um patamar diferenciado”, afirma Ishikawa.

O diretor de inovação da SRP, Renan Salvador, analisa como crucial essa troca de informações, pois o cenário das startups é, muitas vezes, visto como algo legal e bonito, mas no dia a dia a realidade não é bem assim. Na avaliação dele, no cenário atual de evolução acelerada das tecnologias no mundo, mostrar os caminhos errados para quem está começando cria eficiência nas novas empresas que estão chegando ao mercado.

“É importante que quem inicie no empreendedorismo esteja ciente de que não é um caminho fácil, mas que pode ser proveitoso, de bastante conhecimento. A ideia de aproximar quem já percorreu essa jornada com os empreendedores iniciantes é para que a gente crie eficiência e consiga potencializar cada vez mais o empreendedorismo no Brasil, principalmente na cadeia do agronegócio”, completa.


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