Família de apoiador de Lula morto por bolsonarista receberá indenização de R$ 1,7 milhão

A família de Marcelo Arruda, ex-tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, assassianado em 2022 durante sua própria festa de aniversário, será compensada com R$ 1,7 milhão, como parte de um acordo intermediado pela Advocacia-Geral da União (AGU).

O acordo foi oficializado pela Justiça Federal da região oeste do Paraná na última quarta-feira (7).

Em um comunicado emitido pelo Governo Federal, a AGU explicou que a indenização será custeada pela União, justificando que "o perpetrador do delito se aproveitou de sua condição como agente público para acessar o local da festa e efetuar o disparo utilizando uma arma pertencente à União".

De acordo com a AGU, o montante concedido diz respeito aos danos morais sofridos pela companheira de Marcelo, Pâmela Silva, e pelos quatro filhos do casal, além de incluir um valor referente à pensão que deveria ter sido providenciada para os filhos, calculado com base na idade de cada um.

Segundo a decisão, a AGU tomará medidas legais para buscar o ressarcimento do valor da indenização que será desembolsado pela União à família de Marcelo por parte de Jorge Guaranho, o réu responsável pelo crime.

O advogado Claudio Dalledone, encarregado da defesa de Guaranho, declarou que seu cliente é inocente e criticou o acordo alcançado entre a família de Arruda e a AGU, classificando-o como um absurdo.