De olho nas Olimpíadas, Curitiba se torna celeiro de campeões da esgrima

Nesta segunda-feira (29/1) faltam exatamente 179 dias para o início dos Jogos Olímpicos de Paris, no dia 26 de julho, na capital francesa. A maior competição multiesportiva e comemorativa do mundo vai reunir atletas de mais de 200 países que vão disputar medalhas em 48 modalidades.

Um dos esportes mais emblemáticos dos Jogos Olímpicos é a esgrima, esporte presente desde a primeira edição da era moderna, em 1896, em Atenas, na Grécia. No Brasil o esporte está em ascensão, e Curitiba tem participado deste desenvolvimento ativamente.

Um dos favoritos para representar o Brasil na Esgrima com Espada nos Jogos Olímpicos de Paris é o curitibano Alexandre Pereira de Camargo. O esgrimista começou a praticar o esporte em Curitiba aos 10 anos e desde então segue evoluindo. Incentivado pelo Programa de Incentivo ao Esporte de Curitiba, Alexandre vem se preparando com esforço intensificado desde novembro, focado nas competições classificatórias que ocorrem em abril. Hoje treinando em Roma, na Itália, o curitibano relata esperança de vitória.

“É minha primeira vez competindo nos mundiais, que garantem as vagas nas Olimpíadas, são competições acirradas e a pressão é grande, mas tenho boas expectativas”, conta.

Na capital nacional do esporte, o Centro de Esporte e Lazer Afonso Botelho, no Água Verde, é casa de um dos principais projetos de esgrima realizados no país, em uma parceria da Secretaria Municipal de Esporte Lazer e Juventude com o Instituto Mais Esporte. Primeiro Centro de Esporte e Lazer curitibano a incorporar o esporte, em 2018, possui uma sala criada especificamente preparada para a prática da esgrima com arma branca, máscara e roupa adequadas disponibilizadas gratuitamente, e atletas que se destacam em habilidade e força de vontade.

Prodígio da esgrima curitibana, Gabriela Franco de Moraes, de 18 anos, começou sua trajetória na primeira turma do esporte no CEL Afonso Botelho e recentemente foi bronze no individual do SulAmericano da Bolívia (2023), defendendo a Seleção Brasileira de Esgrima. Também beneficiada pelo Programa de Incentivo ao Esporte desde 2020, a atleta considera fundamental a participação da Smelj na sua carreira.

“Eu já sonhava em fazer esgrima antes mesmo de abrir a turma, mas era muito caro em escola particular.  Eu só tenho a agradecer por todo o apoio e o incentivo que eu recebi, desde as aulas e espaços públicos ao próprio Programa foram decisivos até agora”, relata Gabriela, que realizou o sonho de integrar a seleção e agora tem como objetivo aumentar sua coleção de medalhas.