O doleiro Alberto Youssef, um dos pivôs da Operação Lava Jato, foi preso preventivamente por determinação do atual juiz que cuida da operação, Eduardo Fernando Appio, que substitui o ex-juiz Sérgio Moro na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, especializada em crimes financeiros e de lavagem de ativos. A prisão foi por conta de crime tributário. Youssef estava em Itapoá, no norte de Santa Catarina, e foi levado para Curitiba.
Durante a Lava Jato, Youssef fez um acordo de delação premiada em troca de informações que poderiam levar à prisão outras pessoas envolvidas nas investigações. Ele é apontado como o chefe de um esquema de pagamentos de propinas e lavagem de dinheiro.
O despacho de Appio é baseado em um relatório da Receita Federal, em que diz que Youssef "não devolveu aos cofres públicos todos os valores desviados e que suas condições atuais de vida são totalmente incompatíveis com a situação da imensa maioria dos cidadãos brasileiros".
Ainda, o juiz afirma que o doleiro está com vários endereços e que "estaria morando na praia", o que "evidência uma situação muito privilegiada e que resulta incompatível com todas as condenações já proferidas em matéria criminal".
Na decisão, Appio ainda afirma que o fato de que Youssef tentou comprar um avião e um helicóptero também contribuíram para a decisão da prisão preventiva.