16/03/2023 às 20h10min - Atualizada em 16/03/2023 às 20h10min
Com a presença de Lula, Enio Verri toma posse como novo diretor-geral brasileiro de Itaipu
Redação Paraná em Destaque
Ricardo Stuckert/PR O economista Enio Verri (PT-PR) tomou posse nesta quinta-feira (16/03), como novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, com mandato de duração até 2027. O evento contou com a participação do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e do ministro de Minas e Energia brasileiro, Alexandre Silveira.
Nomeado pelo presidente Lula, Verri renunciou seu mandato como deputado federal na terça-feira (14/03), para assumir o cargo. A nomeação para a Itaipu havia sido publicada em sessão extra do Diário Oficial da União (DOU) em 11 de março para substituir o almirante Anatalicio Risden Junior, que estava à frente da diretoria-geral brasileira desde fevereiro de 2022.
Em seu discurso de posse, Verri citou o período em que a primeira-dama Janja Lula da Silva trabalhou na Usina Hidrelétrica de Itaipu, a partir de 2003. “É um privilégio e uma enorme responsabilidade dirigir uma empresa de tantas histórias. Histórias que a primeira-dama conhece bem e dedicou 16 anos de trabalho, contribuindo com as áreas de responsabilidade social”, disse.
Verri assume o comando da usina no momento da renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, que estabelece as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade da hidrelétrica. As negociações vão envolver os governos do Brasil e do Paraguai e, segundo a Itaipu, devem começar em agosto deste ano. No mês passado, a usina quitou as parcelas das dívidas do empréstimo feito para sua construção.
Maringaense, Verri é economista, mestre em Economia pela Universidade Estadual de Maringá e doutor em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo, além de especialista em teoria econômica. Após mandatos como deputado estadual, foi eleito deputado federal em 2014, pela primeira vez, e reeleito em 2018 e 2022.
Em seu discurso, o presidente Lula sinalizou que deverá priorizar a integração regional na agenda da política externa. Segundo Lula, é preciso fortalecer o Mercosul, para que “juntos os países tenham força para negociar” e reorganizar a Unasul com objetivo de manter relações de paz entre as nações.