Divulgação/SESA O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), realizou nesta quinta-feira (23), na Macrorregião Oeste, em Foz do Iguaçu, o quarto e último encontro do Planejamento Regional Integrado (PRI), que faz parte do processo de organização do Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o dia 10 de novembro, foram promovidos encontros regionais do PRI para a escolha das quatro Linhas de Cuidado à Saúde que serão priorizadas nas diferentes Macrorregiões do Paraná. No evento desta quinta, direcionado aos 97 municípios das Regiões de Saúde de Pato Branco, Francisco Beltrão, Cascavel e Toledo, ficou definida a Linha de Cuidado à Saúde da Pessoa Idosa como prioritária nesta região.
O processo do planejamento para o Estado foi construído de forma ascendente, a partir das prioridades locais levantadas por todos os municípios do Paraná. O trabalho a ser realizado nas diferentes áreas leva em conta o perfil e particularidade dos municípios e das regiões, promovendo desta forma a equidade regional. Na Macrorregião Leste, que abrange 93 municípios das Regiões de Saúde de Paranaguá, Metropolitana, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava, União da Vitória e Telêmaco Borba, o grupo de trabalho definiu a Linha de Cuidado de Doenças Crônicas. Essa linha prioritária na região terá ações direcionadas no cuidado de doenças como diabetes, asma, hipertensão e câncer, entre outras. A definição ocorreu no último dia 10, no encontro do PRI em Curitiba.
No início da semana, outros dois eventos com o mesmo objetivo definiram as linhas a serem priorizadas no Norte e Noroeste do Estado. Para os 97 municípios de abrangência da Macrorregião Norte, que contempla a 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana, 17ª RS de Londrina, 18ª RS de Cornélio Procópio, 19ª RS de Jacarezinho e 22ª RS de Ivaiporã, o trabalho mais extensivo será na área da Saúde Mental.
Já na Macrorregião Noroeste, que tem como município-sede Maringá, o consenso foi em prol da Linha de Cuidado Materno Infantil. Participaram os gestores municipais e estaduais da 11ª Regional de Saúde (RS) de Campo Mourão, 12ª RS de Umuarama, 13ª RS de Cianorte, 14ª RS de Paranavaí e 15ª RS de Maringá.
“A Sesa vem dando uma resposta a partir das necessidades identificadas em cada região em que foram consolidadas. A importância desse planejamento reflete diretamente nos serviços ofertados à população atendida no SUS, envolvendo a organização e fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde (RAS) de todo o Paraná”, disse o diretor-geral da Sesa e secretário em exercício, César Neves. Ele acrescentou que a escolha da linha de cuidado prioritária para o PRI é uma etapa estratégica, não excluindo as demais áreas que continuam sendo trabalhadas. “O planejamento é contínuo e a partir desta metodologia outras linhas de cuidado também serão inseridas no Estado”, complementou.
NA PRÁTICA – As linhas de cuidado têm como principal objetivo fortalecer a Atenção Primária à Saúde (APS), porta de entrada do SUS, integrada e articulada à Atenção Ambulatorial e Hospitalar. Além das quatro definidas, existem ainda as da Criança, Mulher, Pessoa com Deficiência, Urgência, Saúde Bucal, entre outras.
Todas são desenvolvidas pelo Estado para o cumprimento de rotinas do atendimento do paciente, em que determinam e direcionam ações e atividades de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, a serem aplicadas por equipe multidisciplinar em cada serviço de saúde. As discussões foram conduzidas pelo Grupo de Trabalho Macrorregional (GTM), composto por gestores e representantes da Sesa, do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e da União. Contou, ainda, com o apoio técnico e metodológico da Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP). O trabalho conjunto tem o objetivo de fortalecer a gestão estratégica tripartite do SUS.
A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes, disse que as realidades dos locais são diferentes, e por isso a importância do trabalho integrado para a construção de um processo que alcance às necessidades de todos. “Cada momento que dialogamos é um passo. As oficinas realizadas trouxeram mais diálogo, compartilhamento e experiência aos participantes. Cerca de 400 pessoas estiveram engajadas durante vários dias para que a saúde no Paraná esteja alinhada às reais necessidades da população”, afirmou.
PRI – O PRI é parte do processo de organização do SUS, iniciado em 2019, priorizando a regionalização. Desde então, muitos municípios já foram beneficiados por esta estratégia. É um processo dinâmico e visa aproximar a população dos serviços de saúde, desde os municípios com 2 mil habitantes, por exemplo, até aos maiores.